terça-feira, 27 de abril de 2010

Valores Intemporais...A dignidade Nacional

Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.O embaixador incumbiu-me – ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada – dessa missão.
Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.
Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.
Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.
Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país – Portugal – que respeitava os seus compromissos.
Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral perpétuo da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas ao tempo por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar – é nada dever a quem quer que seja".
Lembrei-me desta gente e destas máximas quando há dias vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado pública e grosseiramente pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses de hoje nem esse consolo tem.
Estoril, 18 de Abril de 2010
Luís Soares de Oliveira

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Comemorações do 25 de Abril e da República: ligação abusiva?

Comemorações do 25 de Abril e da República: ligação abusiva?


Já que hoje foi dia de associar por todo o lado a revolução do 25 de Abril de 1974 ao "centenário" da República e aos vultos republicanos, eu, monárquico, abaixo assinado, esclareço que:

a) O 25 de Abril deu-se para restaurar as liberdades garantidas pela constituição monárquica em vigor à data de 5 de Outubrio de 1910, ou seja, liberdade de opinião, de associação política, liberdade de imprensa, liberdade sindical, eleições livres, enfim, tudo direitos de cidadania mitigados durante a 1ª República e a 2ª do "Estado Novo" de Salazar;

b) Combatentes contra a ditadura republicana do dito "Estado Novo" como Francisco Lino Neto, Francisco Sousa Tavares, Sophia de Mello Breyner, Fernando Amado, João Camossa, Henrique Barrilaro Ruas, ou Victor Quintão Caldeira - só para mencionar alguns - não eram republicanos.

c) No posto de comando do 25 de Abril e posteriormente no próprio COPCON, participaram monárquicos convictos;

d) O estado a que a centenária República Portuguesa chegou não é da minha responsabilidade.

domingo, 25 de abril de 2010

Das palavras de S.A.R.Senhor D. Duarte na tomada de posse do Nucleo Monarquico da Real Associação do Ribatejo( 10 de Abril de 2010)

Ao núcleo de Abrantes da Real Associação do Ribatejo

Caros Amigos

Fico feliz com a boa notícia do relançamento do vosso Núcleo Concelhio , pois a vossa região é fértil em homens e mulheres disponíveis para lutar pela Restauração de Portugal , e tem dado boas provas no passado !
A disponibilidade de uma sede bem colocada em Abrantes é um excelente trunfo. Em conjunto com os locais que dispõem em Santarem , permite ao vosso núcleo e à vossa R.A. Ribatejo dinamizar a região norte da província.

Tenho verificado que os vossos núcleos concelhios costumam ser pólos eficientes de dinamização da actividade de informação e doutrinação monárquica . Essa é na verdade a primeira razão de ser das R.A.

Verifico tambem que a área geográfica das antigas Províncias é aquela na qual as populações melhor se revêem . Terá sido um erro delimitar as Reais Associações pelos distritos republicanos , mas a vossa RA evitou esse erro, e agora a Causa Real decidiu tambem alterar o seu estatuto nesse sentido .
As dificuldades foram originadas por excelentes pessoas que infelizmente não perceberam os objectivos do Movimento e ficaram muito agarrados aos seus pequenos poderes e prestígios locais em vez de ter uma visão global da Reastauração .
Entretanto alguns traidores ou infiltrados conseguiram tomar conta de algumas poucas R.A. , comprometendo o trabalho realizado durante anos pelos seus militantes ! Outras simplesmente pararam por falta de dinamismo . Duas das RA vossas vizinhas estão nessa situação e precisam da nossa ajuda...

Se os núcleos concelhios potenciam a dinamização de esforços a nível local , a criação de novas Reais Associações que viessem fragmentar as já existentes seria desnecessária e iria desestabilizar a estrutura a nível nacional . O contrário é que por vezes se torna necessário .
.
Devemos concentrar-nos na urgente ação política , e não perder tempo e dispersar esforços com assuntos não essenciais ..

Recomendo tambem que em coordenação com a Causa Real e com outras Reais , ( para não dispersar esforços ) o vosso grupo da juventude crie umas boas páginas na net . Servem para que muita gente vos possa contactar sem ter de ir às sedes ou tentar telefonar e como meio de doutrinação. É indispensável atualizar a informação regional e nacional para manter o seu interesse. E criar ligações, por exemplo às minhas páginas e a boas páginas monárquicas nacionais e estrangeiras.
Convem tambem ter um horário regular de abertura das Sedes, nem que seja durante algumas horas em alguns dias da semana .
Esperando ter em breve a oportunidade de vos visitar , despeço-me com os meus sinceros votos de sucesso à vossa patriótica iniciativa !

Dom Duarte

sábado, 24 de abril de 2010

Homenagem a Francisco Sousa Tavares (n.1920 m.1993)

Advogado, jornalista e político. Monárquico democrata, foi um activo opositor ao regime salazarista. Foi um dos contactos civis dos militares que em 1959 intentaram contra o regime naquela que ficou conhecida como Revolta da Sé . No dia 25 de Abril de 1974 o país conheceu-o através de imagens que ficaram célebres: do alto de uma guarita e através de um megafone foi primeiro político a falar à população que no Largo do Carmo, acompanhando as operações militares comandadas por Salgueiro Maia , aguardava a rendição de Marcello Caetano . Depois da revolução de 25 de Abril foi deputado pelo Partido Socialista e mais tarde pelo Partido Social Democrata. Em 1983, ocupou o cargo de Ministro da Qualidade de Vida no IX Governo Constitucional do Bloco Central. Foi casado com a poetisa Sophia de Mello Breyner.

Fonte : Centro de Documentação 25 de Abril © 1996

Falar de Sousa Tavares é recordar um advogado invulgar, um homem de carácter e um político desassombrado. Francisco Sousa Tavares, não é ma personalidade muito conhecida, mas fui um homem que merece ser estudado, recordado e até continuado. Era um homem destemido, de verbo fácil e certeiro. o país está carecido de personalidades destas, face ao cinzentismo e ao acomudamento em que se encontra a sociedade portuguesa. Estamos a ficar um povo abúlico e sem esperança, ficando indiferentes ao desenrolar de factos que em circunstâncias normais nos deveriam inquietar, indignar e revoltar.

Francisco Sousa Tavares era incapaz de assistir a esse adormecimento nacional, sem um grito de revolta que contagiasse e recuperasse alma lusitana. Nasceu no dia 12 de junho de 1920 e faleceu no dia 25 de maio de 1993. Foi advogado, jornalista, director de jornal, deputado e ministro. Sendo natural de lisboa, fez o liceu aqui bem perto, no colégio dos jesuítas em Santo Tirso.
Foi activista da juventude católica e fundou o Centro Nacional de Cultura, onde criou um jornal universitário. Participou, em 1958, activamente, na campanha presidencial de Humberto Delgado, o que lhe valeu a expulsão da Função Pública; já antes, em 1947, tinha recusado ser candidato a deputado á Assembleia Nacional e recusa até o cargo de Governador Civil de Castelo Branco.
Foi detido 3 vezes pela PIDE, combatia a guerra colonial e, como advogado, defendeu muitos oposicionistas, particularmente comunistas, nos tribunais e foi advogado do célebre assalto ao banco da Figueira da Foz.
Com a revolução de Abril aderiu, em 1974 ao PS. Tempos depois, desiludido, abandonou o partido, quando da criação do PDR ainda andou ás voltas deste partido, mas em 1981, aderiu ao PSD, participou na direcção deste partido e em seu nome foi Ministro da Qualidade de Vida.

Homem de antes quebrar que torcer, deixou marcas por tudo por onde passou...

Era uma tempestade emocional num grande e nobre coração.


Fonte : Jornal da Trofa

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Revisão Constitucional – uma ocasião que não pode ser perdida

João Mattos e Silva * (Abr-2010)

Os poucos republicanos convictos da imprescindibilidade do regime para a manutenção da democracia e o alcance do progresso, tentam colar aos que defendem o regresso ao regime que durante quase oito séculos presidiu aos destinos de Portugal evoluindo e adaptando-se aos tempos, o rótulo de passadistas, retrógrados, defensores de privilégios e outros epítetos semelhantes.

São quase sempre os mesmos que neste ano do centenário da República, falam dos primeiros anos do regime imposto revolucionariamente em 1910, como de um paradigma, mesmo de um paraíso perdido, onde a onda avassaladora da liberdade, da paz social, das novas conquistas civilizacionais, se impôs pela bondade das suas ideias e realizações. Tem sido esse o tom das conferências, palestras, publicações e exposições que, um pouco por todo o país, o Estado, as autarquias e algumas escolas e universidades têm realizado, no afã de agradar às clientelas nuns casos, aos poderes públicos noutros.

A comunicação social, geralmente ignorante da História – tanto a da Monarquia como a da República – subserviente perante o Estado republicano, independente por força da lei, mas enfeudada a interesses que não confessa, faz-se eco das louvaminhas comemorativas, sem sequer as questionar nem, na esmagadora maioria dos casos, procurar quem possa fazer o contra-ponto, numa prática da sua ética profissional. Verdade seja dita que também não se tem preocupado em demasia com o centenário do regime. O que tenta – e o programa televisivo Nobre Povo, da RTPN é um claro exemplo – é descortinar dissensões e divisões entre os que defendem a Monarquia, dando tempo de antena a figuras públicas da canção lisboeta, que curiosamente conotam com o passadismo dos monárquicos, que são divisionistas pelas piores razões e dos dislates políticos fizeram carreira, às costas de alguns políticos interesseiros e desconhecedores da realidade eleitoral, tentando menorizar as ideias em favor do pretenso escândalo que estaria subjacente.

Passados quase trinta e seis anos sobre a reposição da democracia, parece ignorar-se que a maioria esmagadora dos monárquicos está com a Democracia – embora muitos, como muitos dos ditos republicanos, possam querer aprofundá-la e melhorá-la – e que a sua ligação ao passado é apenas em defesa da verdade histórica que cem anos de regime tem querido adulterar, impondo a ideia de que a Monarquia derrubada em 1910 era um regime anti-democrático, de privilégios da nobreza, de repressão, de ignorância, de esbanjamento dos dinheiros públicos, de injustiça, de insensibilidade social. E querendo impor uma visão idílica da República, como instauradora da liberdade, da equidade, da justiça, da educação, dos direitos da mulher e das minorias, esquecendo ou minimizando a repressão política, religiosa e sindical, as prisões arbitrárias, a implantação das escolas dos centros republicanos como meio de formação ideológica das crianças, as revoluções constantes, o caos financeiro, a sucessão vertiginosa de governos, a autofagia da República, a diminuição dos direitos eleitorais em geral e para as mulheres em particular, os casos de repressão dos desvios aos costumes morais.

Os monárquicos – que não têm nem podem ter um programa para a governação do País, porque não são um partido, mas se revêem em diferentes soluções ideológicas e programáticas – querem, sim, um regime novo, uma Monarquia moderna, democrática e avançada política, social e culturalmente, como as que existem na Europa e são os regimes mais desenvolvidos do espaço europeu. E querem, naturalmente, que todos os portugueses possam conhecer esse regime e escolher entre ele e o regime decadente que fará cem anos de implantação revolucionária.

Com a próxima revisão constitucional – agora requerida com carácter de urgência por um líder partidário – está de novo lançado um repto aos monárquicos, todos aqueles que militam nos partidos e aos que, fora deles, têm capacidade de fazer pressão sobre os partidos e deputados e fazer ouvir a sua voz por qualquer meio. A alteração da alínea b) do artigo 288º, que estabelece os limites materiais da revisão – obrigando à “forma republicana de governo” – será mais uma vez uma batalha a travar. Porque o que todos os verdadeiros democratas desejam é que possa ser alterada para “forma democrática de governo” e que seja deixada ao povo soberano a possibilidade de decidir.

Esta batalha é para os monárquicos fundamental e para os republicanos verdadeiramente democratas a ocasião de o afirmarem claramente sem “ses” e “mas”. Para uns e para outros seria a forma de mostrarem a sua modernidade e apego à liberdade tão apregoada e tantas vezes silenciada.



* Nota: o texto publicado é da exclusiva responsabilidade do autor.

Postado Por Adosinda Henriques

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Presidente que gasta mais que um Rei

“O Rei de Espanha, quando viaja, ou vai num aviãozinho militar pequenino ou vai num avião de carreira. Nunca ninguém viu o Rei de Espanha requisitar um avião inteiro de uma companhia aérea para fazer uma viagem de visita oficial”, D. Duarte de Bragança

Depois de uma visita à republica Checa onde o único factor positivo foi a capacidade presidêncial para ouvir apartes do seu homologo , Cavaco Silva chega a Lisboa no Falcon….pois certamente que a comitiva de jornalistas e demais trabalhadores de empresas privadas ,que o Estado lá vai sustentando, não tinham capacidade psicológica para viajar mais um pouco de autocarro.

Tem toda a razão de ser os alertas dados por D. Duarte relativamente aos gastos da Casa Civil da presidência da República. O Presidente português gasta mais 5 vezes o que o Rei da imensa Espanha, o que em proporção económica equivaleria a 25 vezes a dimensão dos custos do Presidente Português face ao monarca espanhol. Sendo que os resultados raramente passam a marca da simpática presença sem qualquer intenção económica

(19 de Abril de 2010)

O Presidente que ganhou o euromilhões

O avião Falcon da Força Aérea portuguesa que transportou o Presidente da República, Cavaco Silva, e a a sua comitiva desde Barcelona aterrou hoje às 20:24 no Aeroporto Militar de Figo Maduro, em Lisboa, para evitar uma viagem de 4 horas

O chefe de Estado português não prestou declarações à comunicação social e entrou de imediato para o carro da Presidência.

Cavaco Silva estava acompanhado pela primeira-dama, Maria Cavaco Silva, pela ministra da Saúde, Ana Jorge, e pelo secretário de Estado da Energia e da Inovação, Carlos Zorrinho.

Não podemos ficar indiferentes ás palavras de D. Duarte quando diz que o Presidente da República português, anualmente, “custa cerca de 2,9 euros por habitante” enquanto os encargos por habitante do Rei de Espanha representam “uns cêntimos por ano” aos cidadãos espanhóis.
“Em valores absolutos é cinco para um, por habitante é 18 vezes mais. O palácio de Belém sai muito mais caro do que o palácio real espanhol”,
O Presidente da República partiu hoje de Barcelona às 20:00 locais (19:00 em Lisboa), depois de uma viagem de 1 700 quilómetros de carro desde Praga a urgência de chegar a Portugal em menos 3, 5 horas era tal que se tornou necessário requisitar um falcon e um c-130 que gasta 2300 litros de fuel por hora

A restante comitiva que acompanhou Cavaco Silva na visita de Estado que realizou à República Checa, que integra perto de uma centena de pessoas, entre os quais 35 empresários, 23 jornalistas, membros do Protocolo de Estado, da Casa Civil do Presidente, e outros convidados, só deverá partir de Barcelona cerca das 22:30 a bordo do C-130 da Força Aérea.

Cavaco Silva ficou detido em Praga na sexta-feira, dia em que deveria ter regressado a Lisboa depois da visita oficial à República Checa, devido à nuvem de cinzas vulcânicas proveniente da Islândia que provocou o encerramento do espaço aéreo checo.

Numa atitude pouco compreensivel o Presidente português ausenta-se do funeral do Presidente polaco e aumenta consideravelmente os custos de uma viagem infrutifera.
Sabendo-se os interesses comerciais que Portugal tem com a Polónia e a maior relevância deste pais em deterimento da Republica Checa não se compreende a ausência , ainda para mais quando de Praga a Cracóvia medem apenas 500 Km.

A presidência da Republica prefere trocar uma oportunidade económica por uma alegre excursão paga pelos contribuintes, pena é que as cinzas não tenham impedido a circulação rodoviária pois o País teria poupado a deslocação de vários autocarros e dois aviões que transportam uma comitiva de mais de 100 pessoas

Não se compreende porque se desloca um Presidente de avião com empresários se o objectivo não é económico,nem tão pouco se compreende porque transporta o PR Jornalistas e demais funcionários de empresas públicas quando o País se encontra na delicada situação financeira actual
“O Rei de Espanha, quando viaja, ou vai num aviãozinho militar pequenino ou vai num avião de carreira. Nunca ninguém viu o Rei de Espanha requisitar um avião inteiro de uma companhia aérea para fazer uma viagem de visita oficial” declarava D. Duarte na passada quinta feira, na Figuera da Foz, acabando por estar em sintonia com os recentes eventos

Fica a esperança que St. António deixe de ser de Pádua para ser de Lisboa e faça o milagre de recuperar o dinheiro que o Estado gasta de forma leviana em viagens que nunca ultrapassam a fulgral actividade turistica.

Fonte : Somos Portugueses
http://www.somosportugueses

Postado por António Silvino

sábado, 17 de abril de 2010

D. Duarte defende "revolução nacional cultural" contra "absurdos" programas escolares

O pretendente ao trono português, D. Duarte Pio de Bragança, defende uma “verdadeira revolução nacional cultural” contra os “absurdos” programas escolares, classificando de “mentira” a História de Portugal que se ensina nas escolas.

“Tenho muitas vezes de explicar [ao filho Afonso] que o que ensinam no programa oficial [de História de Portugal], a maior parte é mentira”, disse D. Duarte, quinta-feira à noite, durante uma tertúlia no Casino da Figueira da Foz.

Respondendo a uma pergunta da jornalista Fátima Campos Ferreira, anfitriã da tertúlia “125 minutos com...”, sobre o acompanhamento do percurso escolar do filho, D. Duarte acrescentou que História de Portugal retratada nos manuais escolares “é propaganda política”.

“Tem muito pouco de objetividade. Hoje em dia quase não há mais História de Portugal no ensino oficial (…) em geral o que é negativo é que é salientado, o que havia de muito bom na nossa História é considerado politicamente incorreto, não vá despertar sentimentos nostálgicos”, argumentou.

E continuou: “Os programas escolares de História são francamente anti-portugueses, em geral”.

“Há o objetivo de provar que Portugal não tem razão de ser, não é viável como País. Estão a preparar tudo para entregar [Portugal] a Espanha”.

Para além de “absurdos”, classificou os currículos escolares de perniciosos para a Pátria, dando ainda o exemplo dos programas da disciplina de Português que fazem com que os alunos não aprendam a escrever “e, sobretudo, não aprendam a pensar”.


16-04-2010

Jornal O FIgueirense


Postado Por:

Orlando Jorge madeira Góis

domingo, 11 de abril de 2010

Interessante assunto para a Causa Real…

Apenas uma interpretação jurídica num Estado democrático:

Antes da implantação da república (1910), o Estado luso era juridicamente um Reino Unido: o Reino de Portugal e o Reino do ALGARVE. No famigerado dia de 05/10/1910 foi implantada, à força das armas e sem ouvir o povo, a República Portuguesa. Isto é, o Reino de Portugal passou a ser uma república (que ainda hoje existe…sem se ouvir o povo), mas naquela convulsão esqueceu-se o Reino do Algarve, cuja origem é anterior à Monarquia lusa.

Ora, neste âmbito, e tomando as palavras do herdeiro ao trono de Portugal, o Senhor Duque de Bragança, bem como considerando a Constituição da República Portuguesa (CRP), a qual omite qualquer referência ao Reino do Algarve, importa salientar os seus seguintes artigos:

«Artigo 4.º
(Cidadania portuguesa)
São cidadãos PORTUGUESES todos aqueles que como tal sejam considerados pela lei ou por convenção internacional.
Artigo 5.º
(Território)
1. Portugal abrange o território HISTORICAMENTE DEFINIDO (é a própria Lei que o diz formal e expressamente - acrescento nosso) no continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira.
2. (…)
3. O Estado não aliena qualquer parte do TERRITÓRIO PORTUGUÊS ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras.
Artigo 6.º
(Estado unitário)
1. O Estado é unitário e respeita na sua organização e funcionamento o regime autonómico insular e os princípios da subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais e da descentralização democrática da administração pública.»

Face ao exposto, e antes que se lembrem de aplicar a parte final do n.º 3 do artigo 5.º («(…) sem prejuízo da rectificação de fronteiras.»), e em bom rigor jurídico, o (Reino do) Algarve é hoje “no man’s land”. É como se uma república se tivesse apropriado, de forma desmazelada, do Reino Unido e consagrasse efectivamente uma constituição sobre a Inglaterra, designando-a de Constituição da República Inglesa, e governasse sobre a Escócia. Ou seja…um absurdo!

Parece que em face da CRP, a relação entre Portugal e o Algarve, não devia ser regulada pelos artigos 3.º a 6.º, mas antes pelos artigos 7.º a 8.º (Relações internacionais e Direito internacional).

De um prisma estritamente técnico afigura-se que o Senhor D. Duarte é de iure e de facto Rei dos Algarves, potencialmente o seu mais legítimo chefe de Estado, sem mais contestação ou argumento contra.
Mas quem sou eu para dizer tal coisa…?!

sábado, 10 de abril de 2010

o 25 de Abril de 1974 e a república

Para algumas mentes quadradas ser monárquico é ser fascista e de direita, dá-me alguma vontade de rir até onde vai a cultura futebolística de muitos treinadores de bancada. O de 25 de Abril de 1974 foi o Dia da Liberdade para os portugueses mas também em particular para os Monárquicos, sem o 25 de Abril de 1974 não teria existido o direito à Liberdade de Expressão que nos permite entre outras coisas escrever e dizer o que se pensa. Não foi um dia dos comunistas, é mais que sabido que os interesses das carreiras militares estavam em causa para os militares de carreia … essa é a crua das verdades. Houve um aproveitamento de certos partidos políticos mas felizmente a Liberdade foi reposta com o 25 de Novembro de 1975, felizmente aqueles que advogam “o que é teu é meu, o que é meu é meu” foram calados e impedidos de criar um ditadura de esquerda.

Defender a Liberdade e a Democracia não é ser de alguma forma de direita, mas defender o contrário é tanto de esquerda como de direita … dependendo dos extremos dos pólos onde se está. É inconcebível que misturem o 25 de Abril de 1974 com o 5 de Outubro de 1910, esquecem-se do 28 de Maio de 1926 mas quer se queira quer não essa também foi uma das três revoluções do Portugal do séc.XX. Em 1910 tinham sido feitas eleições e existia o partido republicano que por azar só tinha 7% de representatividade, não se vivia um clima de ditadura … veio a verificar-se depois. Em 1910 os presidentes da republica não passaram a ser votados por sufrágio universal porque era o parlamento que os elegia, ao contrário dos presidentes a seguir a Eanes. As Forças Armadas fizeram o 25 de Abril, a Carbonária aguentou e fez o 5 de Outubro de 1910 … há uma grande diferença aqui. As mulheres depois de 1974 puderam votar, coisa que entre 1910 e 1974 não podiam fazer por serem consideradas inferiores. Enquanto que o republicanismo nasceu como reposta à hipotética perda de soberania portuguesa , no 25 de Abril existiu e consegui-se precisamente o contrário com a independência desastrosa das colónias com milhares de mortos nas guerras civis que se sucederam e perdas de patriomónio por parte dos “Retornados”.

O afundamento económico a partir de 1910 foi pior do que o que se verificou depois de 1974, em nenhum dos casos a economia saiu favorecida … o Povo pagante esse sim é que saiu prejudicado.

Concluindo comparar o 5 de Outubro de 1910 com o 25 de Abril de 1974 é como comparar a Bomba Atómica com bombas de mal cheiro.

Fonte: Causa Monárquica

Quando se confunde a árvore com a floresta…

Muitas das notícias que nos chegam, no seu afã de propaganda ideológica encapotada, contêm o erro fundamental de confundir a árvore com a floresta… sobretudo quando o objectivo é denegrir. Ou seja, a partir de um caso isolado, de preferência de contornos escabrosos, generaliza-se de forma a induzir o leitor a pensar que todo o conjunto é da mesma natureza. Tal generalização obviamente tem conotações ideológicas e obedece a uma agenda política que visa desconstruir a Sociedade Tradicional e todas as suas instituições seculares para impor uma Nova Ordem Mundial à feição dos sinistros interesses da Oligarquia Internacional, a mesma que manobra os mercados financeiros e através destes, controla em grande parte a Economia Planetária. Referimo-nos aos casos de Pedofilia no seu seio da Igreja Católica recentemente mediatizados pelas Agências Internacionais de Notícias.

De facto as recentes notícias de Pedofilia, que envolve sacerdotes católicos, têm contornos de uma campanha de ataque à hierarquia Católica, muito para além da objectividade informativa que a deontologia jornalística impõe, independentemente da sua gravidade moral. Tais notícias suscitam desconfiança sobre a sua “bondade” até entre os não católicos como nós. Embora discordando da doutrina da Igreja, em alguns aspectos, reconhecemos no entanto a importância capital do seu papel na nossa História, na defesa dos valores éticos que enformam a nossa cultura judaico-cristã e a sua acção social meritória em prol daqueles que têm sido vítimas da usura e da ganância da Oligarquia Internacional, que é afinal a mais interessada em destruir o Catolicismo e a Religião em geral, já que constituem um obstáculo sério à consecução do seu objectivo final, que é o de reduzir a Humanidade à condição de escravos robotizados.

Ressalvamos, antes que nos confundam estar a defender a Pedofilia, que ao fazermos a defesa da Igreja Católica não estamos a justificar a acção ignominiosa de homens que esqueceram de todo a sua mais elementar obrigação de sacerdotes, o respeito pelo próximo, sobretudo o mais fraco, como é a criança órfã, carente do afecto de uma verdadeira família.

Um dos aspectos que nos leva a desconfiar da “boa vontade” destas notícias é o facto de focalizarem em exclusivo os casos de Pedofilia de clérigos católicos, quando se sabe que este vício é transversal à sociedade. Encontramo-lo em todos estratos sociais e até nas famílias. O pedófilo é em princípio muito próximo da vítima e da sua confiança, ou seja, não é um estranho… podendo ser até um pai, um tio, etc. Quando se argumenta que os padres devido ao celibato a que estão obrigados são mais propensos à pederastia, como insistentemente se procura justificar a tentação dos abusos sexuais, esquece-se que o pederasta nem sempre é solteiro e muitas vezes é tido como “bom” chefe de família, portanto uma pessoa aparentemente normal.

Outro detalhe que indicia que está em marcha uma campanha de desmoralização da Igreja, é o facto das notícias sobre a Pedofilia no seu seio surgirem como cogumelos que nascem a cada manhã, confundindo-se o número das vítimas com o dos pedófilos, parecendo que estes são tantos como um exame de abelhas… Quase a totalidade da hierarquia católica… Evidentemente que isto não desculpabiliza os autores dos abusos sexuais. Na verdade as vítimas são muitas, porém os abusadores denunciados não passam de uma diminuta minoria. Do mal, melhor… Até se tivermos em linha de conta a estatística nos USA, o número de vítimas nas instituições católicas comparada com as restantes, nomeadamente no ambiente escolar civil, é muito superior, uma proporção de 157 para 1, num espaço de tempo de 52 anos, de 1950 a 2002. É obra, não? Tal desproporção mostra por outro lado, no caso norte-americano, como a Pederastia é um fenómeno social extensivo, ou seja, não se restringe a um sector específico da sociedade.

O caso da Casa Pia de Lisboa é também ilustrativo quanto à tipificação do pedófilo. Este orfanato do Estado Português, fundado nos finais do Século XVIII, pelo Intendente da Polícia Pina Manique, homem da confiança do Marquês de Pombal, com um processo de Pedofilia a decorrer, reúne mais arguidos suspeitos de abusos sexuais a menores que todos os casos mencionados recentemente na “mídia” para denegrir a imagem da Igreja. Estão indiciados pelo Ministério Público dez arguidos, incluindo uma cúmplice. Contudo há quem diga que a “farra sexual” naquele instituto envolve muito mais gente e bem graúda, uma vez que remonta há década de 80 do século passado e muitas das vítimas, hoje adultos, não estão dispostos a passar pelo tormento dos inquéritos policiais e menos ainda pela vergonha pública a que têm sido sujeitos os “putos casa pianos” directamente envolvidos no processo. Há a ressaltar, em abono da verdade, que nem todas as acusações serão genuínas. Há quem se aproveite para extorquir dinheiro. Daí talvez a dificuldade de se apurar até onde vai a verdade e começa a mentira… quer de um lado, quer do outro. Acresce referir que problemas de sexualidade, como a sodomia e outros, sempre ocorreram em colégios internos, inclusive entre os internos, embora sejam severamente reprimidos, deixando marcas indeléveis para o resto da vida.

A fúria anticlerical do lobby laicista vai ao ponto de ressuscitar velhos casos como o do padre Lawrence Murphy, que remonta a 1975, para atacar insidiosamente o actual Papa e por essa via, a própria Igreja. A 25 de Março do corrente ano, o conceituado New York Times publicou uma matéria em que pretensamente acusa Bento XVI de encobrir o pároco de Milwaukee quando em 1995 o Papa ainda era Cardeal e responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé. È preciso ter muito ódio ao Catolicismo para 35 anos depois levantar tal questão… A denúncia é tanto mais insidiosa quando ignora de todo que aquele organismo tem como função específica vigiar os desvios doutrinários, heresias, pelo que nada tem com o Direito Canónico, que julga casos de indisciplina, como o são os actos que violam a castidade a que os clérigos estão obrigados. Ignora que o referido padre foi na oportunidade ilibado pelo Direito Civil, que não apurou provas da prática de Pedofilia sobre rapazes surdos que tutelava. Como ignora que a hierarquia católica manteve-o sob vigilância e o fez, não tanto pela suspeição de abusos sexuais em menores, mas por desvios doutrinários. Foi essa e só por essa razão que o então Cardeal Ratzinger, em 1995, o sancionou, tendo então limitado as suas funções pastorais. Quatro meses depois Murphy faleceu. Não cremos que aquele diário nova-iorquino desconhecesse em absoluto estes factos. Daqui se conclui que existe má fé e em marcha uma campanha difamatória articulada mundialmente contra a hierarquia católica.

E compreende-se. O actual Sumo Pontífice, coerente com os princípios da Igreja Católica, tem desenvolvido uma tenaz resistência contra as propostas contra-natura e fracturantes, veiculadas por organizações laicas apostadas em impor uma visão sexista e hedonista da Sociedade, reduzindo o homem à sua condição animal para negar a sua dimensão espiritual. Tais organizações não surgiram obviamente por “geração espontânea”, nem vivem do ar… Foram criadas e são apoiadas à sorrelfa por Fundações ditas filantrópicas como a da família Rockfeller. Os interesses financeiros das mesmas estão ligados a um vasto leque de sectores económicos, que vão desde a banca, o petróleo, a indústria farmacêutica, a indústria militar, etc, aos meios áudio visuais, incluindo a “mídia”, a qual evidentemente cumpre uma agenda ditada pela Elite Global à qual pertencem.

Ademais, quem postula que a Humanidade tem que ser reduzida a 1/3 da população actual e contribui para a miséria de milhões de seres humanos não pode ver com bons olhos a acção caritativa da Igreja, precisamente nas áreas onde a pobreza é mais sentida, coincidindo por vezes com subsolos ricos explorados por essa mesma Elite Global.

Há portanto uma intenção neste tipo de notícias, que vai muito além do desejo de informar… Se assim fosse não omitiam o mesmo fenómeno noutras instituições análogas. Mais, numa apreciação equilibrada da responsabilidade da Igreja na Pedofilia, deveriam referir os processos civis e canónicos que têm sido levantados aos clérigos acusados de abuso sexual a menores, seu desfecho, e não apenas publicitar denúncias, que podem não ser genuínas, como se tem conhecimento em processos deste género.

Artur Rosa Teixeira

Ponta Delgada, 28 de Março de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

AFONSO COSTA, O «RACHA-SINDICALISTAS»

«O republicanismo sempre foi uma realidade minoritária, pequeno-burguesa, essencialmente urbana, portanto geográfica e sociológicamente localizada, não se estranhando por isso que o seu poder fosse por vezes mais passivamente consentido que activamente apoiado (...). Entalado à direita pela ameaça da contra-revolução, à esquerda pela ameaça da revolução social, o republicanismo viu-se condenado a continuar a tendência para a crispação do poder (...). O hegemónico Partido Democrático de Afonso Costa iniciou assim uma verdadeira política de "terra queimada". À direita, procurando desacreditar as facções republicanas Unionista e Evolucionista e reprimir qualquer sinal de conspiração monárquico-clerical (...). À esquerda, respondendo com um crescendo de hostilidade às reivindicações operárias, o que muito azedou as relações entre o sector do trabalho e o poder democrático de Afonso Costa, significativamente cognomizado de "racha-sindicalistas"».

in José Miguel Sardica, «A Dupla Face do Franquismo na Crise da Monarquia Portuguesa», Edições Cosmos, 1994, pág. 101.

Fonte: Centenário da República

A traição do "Esquema"

Os órgãos de comunicação social, declaram continuar hasteada a bandeira espanhola na fortaleza de Valença. Monumento nacional, símbolo local da soberania portuguesa, foi profanado por gente que perdeu toda a legitimidade ao optar por este insultuoso tipo de contestação. Trata-se de subversão e de atentado à integridade do Estado. Do que está à espera a GNR? Que explicação dá a PSP? Porque não envia o exército um pelotão que ponha cobro ao dislate? O episódio da taurina coisa nas varandas, não passa de folclore a resolver no próximo embate futebolístico entre as duas "selecções", quando tudo voltará ao normal. Outra coisa, é o assalto estrangeiro a um edifício público. S. Bento não cora de vergonha?

O que se estranha, é a total passividade das autoridades nacionais que se têm abstido de impor a Lei e a dignidade do Estado. São precisamente estas autoridades - e aqui incluímos o governo que tutela as policias e as Forças Armadas - que são muito lestas na resolução de outros casos que têm acontecido e que vão continuar a acontecer, queiram ou não queiram, gostem ou não gostem. O critério parece simples: se se trata de uma Bandeira Nacional azul e branca, deve ser de imediato apeada e entregue a um nebuloso "Ministério Público" - o que é isso? -, mas se o caso disser respeito a uma bandeira estrangeira, poderá então ficar ao vento durante o tempo que a subversão militante assim o entender.

É o patrioteirismo dos senhores do Centenário da República, com o Palácio de Belém incluído no rol. Enfim, mais um episódio do "Esquema", porque nada deve ser por acaso. Entretanto, o "agente dorado" Saramago, continua a sua prédica. Só visto!

Nuno Castelo-Branco (Centenário da República)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

SAR D.Duarte de Bragança escreve a Marcelo Caetano (3 de Set. 1973)

«Meu caro Prof. Doutor Marcello Caetano:
Antes da ida de Vossa Excelência a Londres, eu pedira ao Dr. Pedro Feytor Pinto o favor de lhe perguntar a vossa opinião sobre a oportunidade de ser apresentada em Angola uma segunda lista de candidatos nas próximas eleições para deputados à Assembleia Nacional.
O Dr. Feytor Pinto, ao regressar de Londres disse-me que o assunto deveria ser tratado em Luanda e por isso para lá me dirigi, depois de ter pedido aos meus amigos Coronel Herculano de Carvalho e Dr. Joaquim Santos Silva que estudassem, com o necessário sigilo, a viabilidade prática de tal projecto.
Quando cheguei a Luanda (...) fomos explicar o projecto e ouvir a opinião do Dr. Alcarva, Director-Geral de Segurança em Angola. (...) francamente positiva, como aliás tinham sido as opiniões (...) de numerosas personalidades (...) Embaixadores, Governadores de Distrito (...) presidente provincial da ANP.
Em seguida pedimos audiência ao Senhor Secretário-Geral do Governo de Angola, sem que tal se viesse a efectivar (...).
(...) quando regressei a Angola (...) a DGS informou-me de que por motivos de segurança, eu tinha de embarcar para Lisboa, nessa mesma noite.
As poucas vezes que o Governo tem expulso um cidadão nacional de uma das provincias, têm sido justificadas por actos que põem gravemente em perigo a segurança nacional.
Não posso aceitar de maneira alguma uma situação como esta que põe em jogo a minha honra e a de toda a minha família.
A acusação implicita neste facto é tanto mais injusta quanto o meu irmão Miguel, o meu primo Francisco e eu arriscámos a nossa vida em zonas operacionais, na defesa da unidade nacional. Muitas outras vezes me desloquei a Angola e a outros territórios ultramarinos com o objectivo de estudar mais de perto as suas peculiaridades e interesses, pondo de parte comodidades e riscos conscientemente aceites, como qualquer outro cidadão que ama e serve a sua Pátria.
E no que se refere aos vários grupos de monárquicos, mais ou menos irrequietos, jamais poderão constituir ameaça à segurança nacional (...).
(...) quanto menos compreensiva for a Administração Pública para com esses grupos, mais agressivos eles se tornarão, ao sentirem-se privados da justiça e do uso legítimo da liberdade. Não será difícil compreender que a Lista B seria constituida por portugueses de palavra que nunca dificultariam a acção do Governo em ordem ao progresso e bem-estar das populações.
Aliás, da vitória em Angola de deputados da oposição adviriam vantagens de ordem internacional (...).
Espero que Vossa Excelência compreenda o meu sentimento de desgosto e de repúdio perante a hipótese de me ser atribuído qualquer acto que pudesse ser considerado perigoso para os interesses nacionais e aguardo as providências (...) no sentido de (...) me ser garantido o pleno exercício dos direitos que a Constituição me assegura como cidadão português, nomeadamente o direito de circular livremente em todo o território nacional. (...)

Dom Duarte Pio JoãoPrincípe da Beira»in «Cartas Particulares a Marcello Caetano» (prefácio e organização de José Freire Antunes), 1º vol., Publicações D. Quixote, pag. 238

Fontes: Centenário da República e Família Real Portuguesa

quarta-feira, 7 de abril de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

O que significa ser Monárquico hoje cem anos depois do ocultamento do Reino de Portugal?


Reconhecer o Senhor Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança, Príncipe Real de PORTVGAL e XXIV.º Duque de Bragança, como Herdeiro Legítimo do Trono de PORTVGAL e, logo, Legítimo Chefe do Estado (pendente da aclamação das Cortes). Não questionar a Sua legitimidade dinástica e não contemporizar com faltas de lealdade para com a Sua Casa e a Sua (Nossa) Causa Real.
Ser intransigentemente fiel à Sereníssima Casa Real e Ducal de Bragança e ao Presidente da CAVSA REAL, na falta de herdeiro manifesto e legítimo de El-Rei Dom Sebastião, O Desejado (enquanto a Sereníssima Casa Real e Ducal de Bragança for intransigentemente fiel à Tradição dos Senhores Reis de PORTVGAL, bem entendido).
Ser intransigemente leal para com a CAVSA REAL, único organismo reconhecido pelo Príncipe Real de Portugal como legítimo representante e promotor das pretensões dinásticas da Sereníssima Casa Real e Ducal de Bragança.
Não tolerar dissensões, louletanas, mariapianas, poidimanianas e outras. Não tolerar o PPM. Extinga-se rapidamente. A Monarquia não tem partido(s). Não pactuar com a utilização abusiva da designação da CAVSA REAL por grupos dissidentes. Não manifestar complacência institucional e pessoal para com a proliferação de grupúsculos dissidentes e desviantes. Não tolerar a promoção pública de divisões entre os Monárquicos e a fragmentação dos mesmos em grupúsculos, facções ou tendências intolerantes, irracionais e canibalistas.
A divisão dos Portugueses e dos Monárquicos em facções ideológicas irracionais estilhaçou, esgotou e matou o ânimo colectivo de PORTVGAL no século XIX, precipitando-nos no caos republicanista, numa guerra mundial com a qual nada tínhamos a ver, numa ditadura que nos isolou e atrasou e no pântano partidocrático em que estamos atolados.
Dissidentes monarquistas e republicanistas mancharam as suas mãos com sangue real (sangue português) em 1908. Em verdade se diga e reconheça que a dissidência, a inépcia, a desorientação e indiferença monarquistas, mais do que o republicanismo jacobino, burguês e estrangeirado, mataram o Reino em 1910.
Nas eleições municipais de 1 de Novembro de 1908 o partido republicano português ganhou, entre outras, a Câmara de Lisboa, elegendo aí todos os seus candidatos e alcançando posição proeminente no quadro político e institucional da época. A este respeito escreveu S.M. o Rei Dom Manuel II ao primeiro ministro:
«O que era necessário é que os monárquicos trabalhassem; há 40 000 recenseados aproxidamente em Lisboa, os republicanos têm nesta eleição 9 000 e tantos votos; o que fazem os restantes 30 000 votantes?»
O repto do jovem Monarca permanece actual: o que é necessário é que o Monárquicos trabalhem.
Nada mais se lhes pede.
O que é o mesmo que dizer que TUDO se lhes pede e TUDO lhes será exigido, em prol da Restauração.
Viva o Rei!

António Emiliano - Facebook

Fonte: Família Real Portuguesa

Bandeira de Portugal

domingo, 4 de abril de 2010

Santa Páscoa

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

sábado, 3 de abril de 2010

A QUESTÃO DO REGIME EM PORTUGAL

Poderá parecer despropositado levantar a questão do regime em Portugal, numa época em que se aproxima o centenário da imposição de República, mas a realidade dos factos que temos vivido desde 1910 até aos dias de hoje obriga-nos a reconhecer que o fim sangrento de uma Monarquia de quási oito séculos e a imposição violenta de um regime que nada tinha a ver com as nossas tradições e fundado sobre o sangue de um Rei e de um Príncipe, vítimas de assassinatos covardes, factos estes, nunca antes ocorridos na longa existência do Reino de Portugal, constituem razões de sobra para que se possa fazer uma análise, a que a distância no tempo permite já uma abordagem isenta e serena.

1 - Antes do mais , é necessário recordar que o Estado-Nação Português é dos mais antigos da Europa, com tradições plurisseculares, de aceitação plena dos seus Reis e que constituía uma das mais antigas monarquias da Europa.

2 - A única vez que a mão de um popular se levantou perante um Rei, aconteceu na 1ª Dinastia, com o D. Afonso IV, quando um tanoeiro prendeu nas mão as cambas do freio do cavalo que o jovem Rei montava, ao sair do Paço para mais uma caçada diária e lhe disse : Senhor Rei, assim não ! e o Rei deu volta à sua montada e regressou ao Paço a tratar da governação do Reino.

3 - Sempre existiu a maior ligação entre a instituição Real e o Povo Português e era vulgar encontrar-se em casas da província, desde que se vulgarizou a fotografia, imagens do Rei ou da Família Real, - De Presidentes , nunca vi nenhuma.

4 - Quando na fatídica batalha de Alcácer el Kibir morreu o jovem Rei D. Sebastião, foi a lenda do seu regresso numa manhã de nevoeiro, que manteve a ideia-esperança, entre os Portugueses, de voltarem a ter um Rei Natural , isto é, um Rei Português, que afastasse do Trono a dinastia dos Áustrias e nos libertasse do domínio Castelhano.

5 – Até mesmo nos últimos anos da Monarquia, a Família Real, quando se deslocava a qualquer parte de Portugal, fosse nas Ilhas, fosse no continente, era recebida com um afectivo entusiasmo, pelos grandes e pelo povo simples das comunidades locais.

6 – Sendo tudo o que acima se afirma, realidades indesmentíveis da História, convém relembrar como uma minoria republicana, que não contava mais que 7 (sete) representantes no conjunto de mais de 200 deputados nas Cortes, numa situação de uma quase total liberdade de opiniões que chegava a permitir o insulto e o enxovalho da Família Real, conseguiu, pela violência e pelo assassínio, destruir um regime legitimado por séculos de História, pela Vontade dos Portugueses e pela Legalidade Constitucional .


7 – Também é oportuno relembrar que num Portugal tranquilo , que respeitava a Família Real, que levava uma vida laboriosa, no ambiente rural da província, ou nas cidades e vilas do interior, Lisboa era a incrível excepção, onde fervilhavam umas dezenas de "lojas" clandestinas de carbonários, de anarquistas, de maçons, de bombistas, onde no Parlamento, se assistia a uma autêntica dança das cadeiras partidárias num mero e estéril exercício de rotatividade, onde em várias casas da cidade, se fabricavam bombas explosivas ou se conspirava contra o Poder legítimo, cidade em cuja imprensa de vários jornais ou em simples panfletos, se praticava exercício abusivo da liberdade de opinião, onde abertamente se insultava a Família Real e se proclamava a necessidade de matar o Rei.

8 - Pode, com verdade , afirmar-se que Lisboa, alheada do resto do País em termos políticos, foi o berço revolucionário e sangrento do regime republicano que, segundo os factos, desde Outubro de 1910 até hoje, não assentou bem nas características de uma velha Monarquia, que era Portugal, tal como se vestissem uma senhora de muita idade com roupagens de uma rapariga de 15 anos .

9 – Aliás, a Primeira República imposta aos Portugueses por uma minoria, que para tal se serviu da violência e do assassínio, de bombistas, de carbonários, de anarquistas implicados em mortes para calarem possíveis depoimentos comprometedores ou em obediência a ordens saídas das lojas secretas, revolucionários, que encetavam golpes armados, na rua, uns a seguir a outros, ou assassinavam os políticos e presidentes que lhes desagradavam, uma minoria que não passava de uma escumalha política a que se juntaram alguns monárquicos que apenas pretendiam "o Poder pelo Poder", como terá dito o nefasto vira-casacas José Maria Alpoim, a Primeira República, como dizíamos, nunca foi apoiada pelo esmagadora maioria dos Portugueses, e foi construída em Lisboa, à revelia do resto da Nação e sobre o duplo crime do assassínio.

10 - Toda esta desordem veio, postumamente, dar plena razão ao gesto patriótico e constitucionalmente legítimo do desventurado Rei D. Carlos, ao chamar João Franco para chefiar o Governo e tentar pôr ordem na administração do Estado. O Rei sabia bem da qualidade da maioria dos políticos de pacotilha que tinha, alheados da realidade e necessidades de Portugal e apenas orientados para uma maior fatia do Poder e de riqueza.

11 - Não está fora do sentido o movimento de Maio de 1926, quando comparado, na sua génese, com as intenções do Rei D. Carlos Apenas ao regime do Estado Novo, que foi instaurado para sanear a desordem da 1ª República, faltou um dirigente respeitador de liberdade de opinião, que soubesse governar ouvindo atento a opinião alheia a respeito do seu projecto político, e que mantivesse uma abertura livre, mas isenta, a todas as correntes partidárias, o que só é verdadeiramente possível na Instituição Real, em que o Chefe do Estado não depende de qualquer partido, mas constitui um factor de continuidade e permanência só interrompidas pelos limites da vida humana.

12 - Mas deixando o que é do passado, mesmo sendo não só importante, mas também imprescindível para a construção do futuro, olhemos um pouco para a actualidade, para o tempo que nos foi dado para viver e comparemos as Monarquias com as Repúblicas europeias, e teremos de concordar que as virtudes do civismo, da cultura, do desenvolvimento, do bem estar social, são mais visíveis e seguras entre os Reinos europeus que entre os estados Republicanos.

13 - E se olharmos aos aspectos económicos, isto é, à despesa pública que acaba fatalmente por pesar sobre o cidadão , no que se refere aos dois regimes, de que estamos a tratar, é sabido que os contribuintes de Portugal, pequeno País e de recursos limitados, gastam cerca de mais 40% com a Presidência da República, do que se gasta em Espanha com a Casa Real e além desta diferença bastante pesada, lembro que neste momento sustentamos já 3 ex-Presidentes e mais o Presidente em funções, o que soma 4 Chefes do Estado com a maior parte das mordomias do exercício pleno das suas antigas funções, tais como automóvel condigno, condutor, secretárias com duas e quatro pernas, gabinetes pessoais com telefones , seguranças, vencimento etc. E como, graças a Deus estão todos de boa saúde, de quatro ainda poderemos passar a pagar a 5 ou 6 ! Ora eu não sou contra o facto de um ex Chefe de Estado usufruir dessas regalias, o que acho pernicioso é o regime que implica fatalmente tal actual situação. Ora em Monarquia só há um Rei (Rei morto, Rei posto !) sem as caríssimas campanhas eleitorais para a Presidência da República, que ciclicamente custam fortunas ao nosso limitado erário público. Um Rei chega naturalmente ao Trono com uma total independência em relação aos Partidos políticos, ou aos magnates do capital, aspecto importantíssimo, muito dificilmente conseguido, se não impossível, em república, onde os candidatos dependem da escolha e apoio partidários.

14 - Isto é, em Monarquia só há , e sem hiatos, um só Chefe de Estado que é o Rei. Quanto à Família Real, a sua manutenção digna, custará sensivelmente o mesmo que a das famílias dos Presidentes que, creio, vivem materialmente também com dignidade.

15 - Há dias, na nossa Televisão um Senhor que foi apresentado como pertencente a uma dessas "lojas" secretas, adiantava que na cúpula da Monarquia faltava a excelência do princípio electivo, esquecido que a maior parte das realidades fundamentais da personalidade humana - O Pai, a Mãe, os Irmãos, a herança genética, dons naturais, a nacionalidade, a língua materna, a cor dos olhos ou do cabelo, o local e data do nascimento, etc.,etc. não são elegíveis, mas tão somente impostos naturalmente e julgo que a maioria esmagadora dos filhos amam os pais, a sua terra, a sua língua, etc. É que o Rei e a restante Família Real configuram ao mais alto nível a realidade fundamental da Família, realidade profundamente ancorada na personalidade do Ser Humano e indiscutível alicerce de uma comunidade social.

16 – Os Presidentes das repúblicas não passam mais que uma ou duas legislaturas no seu cargo, para logo passarem à história; Os Reis naturalmente marcam uma época, convivem com uma ou duas gerações, e mesmo em alguns casos marcam uma cultura ou um estilo em muitas realidades nacionais. De certo modo, os Reis marcam como que balizas na nossa História.


17 - Os Portugueses em 1140, em 1385 e em 1640, ao escolherem a monarquia sabiam perfeitamente que o princípio da hereditariedade era o principal argumento que marcava a sucessão real, e se assim escolheram e aceitarem livremente, não se pode aludir falta de democracia no regime monárquico

18 - Aliás a Democracia primou na Europa em monarquias antes de se estabelecer nos mais estados, republicanos . Mas mesmo no nosso caso, os Reis eram eleitos por aclamação, nas Cortes, que constituíam a máxima e legítima representação democrática do Povo Português.

19 - Argumentam alguns : O Príncipe herdeiro pode ser mentalmente ou fisicamente incapaz: mas geralmente nas monarquias é estabelecida uma linha de Sucessão, normalmente dentro da própria Família Real, constituída por personalidades aptas a substituir um herdeiro ou um rei incapacitados. Assim aconteceu com os nossos Reis D. Sancho II e D. Afonso VI substituídos pelos irmãos, respectivamente os Reis, cujos cognomes foram o de Bolonhês e o de Pacífico.

20 - Também é de notar que, na Europa, durante o século XX, os piores, os mais desumanos e criminosamente opressivos regimes da História Universal aconteceram em duas repúblicas, e vitimaram no seu conjunto cerca de vinte milhões de seres humanos: Na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e países dependentes, e na República Nacional Socialista ou Nazi, da Alemanha de Hitler.

21 - Lembro que nas histórias e contos, que atravessaram várias gerações até à na nossa meninice, os heróis eram reis, princesas ou príncipes encantados, e dos Estados Unidos, que nunca foram uma monarquia, chegaram-nos filmes que nunca hão de desaparecer, como a Cinderela, a Branca de Neve e os Sete Anões, ou a Bela e o Monstro, a Gata Borralheira, etc. O que nunca verei certamente, nem nunca encantará a imaginação de qualquer criança, será uma possível história de um Brito Camacho , ou de um outro presidente de uma República qualquer, a quebrar o encantamento de uma jovem pioneira republicana de barrete frígio enterrado na cabeça.

22 - A existência de um Rei e da sua Família Real é um facto tão naturalmente necessário que, se inicialmente as repúblicas seguiam à risca a norma da maior parte das respectivas constituições, onde, oficialmente, família do presidente não é contemplada (excepto nos E.U.A. onde a Mulher está oficialmente junto do Presidente na cerimónia do juramento da posse), aparecendo o Presidente quase sempre sem familiares, salvo em visitas de estado a países monárquicos, por razões de protocolo. A verdade é que a partir do Presidente Craveiro Lopes, as esposas dos presidentes tornaram-se cada vez mais presentes na vida pública, até ao ponto de termos visto o actual Presidente entrar com a Família no Palácio de Belém, o que demonstra a mais valia da presença da Família junto à chefia do estado. Isto é, entre nós , assistiu-se aos insultos e insinuações caluniosas, por parte dos inimigos da Monarquia, contra a Rainha Dona Amélia e à tentativa de liquidação de toda a Família Real, de que resultou a morte do Rei, do Príncipe Herdeiro e o ferimento do Rei D. Manuel II , para anos depois o regime que, revolucionariamente, foi imposto pelos inimigos declarados da Família Real, acabar por aceitar na vida pública a presença da Família Presidencial .
Esta é a prova insofismável da excelência e das raízes profundamente humanas da necessidade de uma Família Real no vértice da organização do Estado.

23 - Também, no que se refere à extinção das soberanias nacionais, perante a projectada União Europeia, a atitude das Monarquias foi na sua maior parte diferente da atitude das Repúblicas, o que pode denotar, da parte das primeiras uma maior valoração da História e do sentimento Pátrio, em relação às segundas. E perante uma projectada União Europeia, que, como união de Estados, deveria atribuir um voto a cada Estado, assistimos à desfiguração para uma união de cidadãos, com claro favorecimento para os países maiores e nefasto prejuízo para os mais pequenos, como o nosso, que sem peso específico, quer populacional, quer económico, tenderão fatalmente a dissolver-se, e a desaparecer. Mais uma razão que torna para nós necessário, se não vital, o regresso ao regime Monárquico, que criou e engrandeceu, durante séculos o nosso PORTUGAL .

Porto, 20 de Abril de 2008

General Carlos de Azeredo

sexta-feira, 2 de abril de 2010

De volta a Herculano...

«O poder é um árbitro, sem vontade própria, a que cada qual se sujeita por conveniência. À luz do direito, nenhum poder político se pode legitimar porque nenhuma soberania é legítima: a república democrática não tem mais fundamento jurídico que a monarquia. Reduz-se o problema a uma questão de conveniência; e Herculano verifica que a monarquia está enraizada na tradição, é o status quo - razões para ser preferida a um regime novo que obrigaria a uma readaptação custosa. Além disso, a monarquia representativa realiza a teoria do equilíbrio de poderes: a soberania nem está no Rei nem na Nação; isto garante para Herculano uma defesa contra uma soberania popular exclusiva que teria muito mais força contra os direitos individuais do que o tem estas duas meias soberanias que se vigiam com desconfiança e se contêm mutuamente».

in António José Saraiva, «Herculano e o Liberalismo em Portugal», Lv. Bertrand, pág. 252.

Fonte: Centenário da República

Sexta-Feira da Paixão do Senhor

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
Jesus saiu com os seus discípulos
para o outro lado da torrente do Cedron.
Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos.
Judas, que O ia entregar, conhecia também o local,
porque Jesus Se reunira lá muitas vezes com os discípulos.
Tomando consigo uma companhia de soldados
e alguns guardas,
enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos fariseus,
Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas.
Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer,
adiantou-Se e perguntou-lhes:
«A quem buscais?».

Eles responderam-Lhe:
«A Jesus, o Nazareno».
Jesus disse-lhes:
«Sou Eu».

Judas, que O ia entregar, também estava com eles.
Quando Jesus lhes disse: «Sou Eu»,
recuaram e caíram por terra.
Jesus perguntou-lhes novamente:
«A quem buscais?».
Eles responderam:
«A Jesus, o Nazareno».
Disse-lhes Jesus:
«Já vos disse que sou Eu.
Por isso, se é a Mim que buscais,
deixai que estes se retirem».
Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha dito:
«Daqueles que Me deste, não perdi nenhum».
Então, Simão Pedro, que tinha uma espada,
desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita.

O servo chamava-se Malco.
Mas Jesus disse a Pedro:
«Mete a tua espada na bainha.
Não hei-de beber o cálice que meu Pai Me deu?».
Então, a companhia de soldados,
o oficial e os guardas dos judeus
apoderaram-se de Jesus e manietaram-n’O.
Levaram-n’O primeiro a Anás,
por ser sogro de Caifás,
que era o sumo sacerdote nesse ano.
Caifás é que tinha dado o seguinte conselho aos judeus:
«Convém que morra um só homem pelo povo».
Entretanto, Simão Pedro seguia Jesus com outro discípulo.
Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote
e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
enquanto Pedro ficava à porta, do lado de fora.
Então o outro discípulo, conhecido do sumo sacerdote,
falou à porteira e levou Pedro para dentro.
A porteira disse a Pedro:
«Tu não és dos discípulos desse homem?».
Ele respondeu:
«Não sou».
Estavam ali presentes os servos e os guardas,
que, por causa do frio, tinham acendido um braseiro
e se aqueciam.
Pedro também se encontrava com eles a aquecer-se.
Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus
acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
Jesus respondeu-lhe:
«Falei abertamente ao mundo.
Sempre ensinei na sinagoga e no templo,
onde todos os judeus se reúnem,
e não disse nada em segredo.
Porque Me interrogas?
Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse:
eles bem sabem aquilo de que lhes falei».

A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente
deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe:
«É assim que respondes ao sumo sacerdote?».
Jesus respondeu-lhe:
«Se falei mal, mostra-Me em quê.
Mas, se falei bem, porque Me bates?».
Então Anás mandou Jesus manietado
ao sumo sacerdote Caifás.
Simão Pedro continuava ali a aquecer-se.
Disseram-lhe então:
«Tu não és também um dos seus discípulos?».
Ele negou, dizendo:
«Não sou».
Replicou um dos servos do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
«Então eu não te vi com Ele no jardim?».
Pedro negou novamente,
e logo um galo cantou.
Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao pretório.
Era de manhã cedo.
Eles não entraram no pretório,
para não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa.
Pilatos veio cá fora ter com eles e perguntou-lhes:
«Que acusação trazeis contra este homem?».
Eles responderam-lhe:
«Se não fosse malfeitor, não t’O entregávamos».
Disse-lhes Pilatos:
«Tomai-O vós próprios e julgai-O segundo a vossa lei».
Os judeus responderam:
«Não nos é permitido dar a morte a ninguém».
Assim se cumpriam as palavras que Jesus tinha dito,
ao indicar de que morte ia morrer.
Entretanto, Pilatos entrou novamente no pretório,
chamou Jesus e perguntou-Lhe:
«Tu és o Rei dos Judeus?».
Jesus respondeu-lhe:

«É por ti que o dizes,
ou foram outros que to disseram de Mim?».
Disse-Lhe Pilatos:
«Porventura sou eu judeu?
O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a Mim.
Que fizeste?».
Jesus respondeu:
«O meu reino não é deste mundo.
Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam
para que Eu não fosse entregue aos judeus.
Mas o meu reino não é daqui».
Disse-Lhe Pilatos:
«Então, Tu és rei?».
Jesus respondeu-lhe:
«É como dizes: sou rei.
Para isso nasci e vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
Disse-Lhe Pilatos:
«Que é a verdade?».
Dito isto, saiu novamente para fora e declarou aos judeus:
«Não encontro neste homem culpa nenhuma.
Mas vós estais habituados
a que eu vos solte alguém pela Páscoa.
Quereis que vos solte o rei dos Judeus?».
Eles gritaram de novo:
«Esse não. Antes Barrabás».
Barrabás era um salteador.
Então Pilatos mandou que levassem Jesus e O açoitassem.
Os soldados teceram uma coroa de espinhos,
colocaram-Lha na cabeça
e envolveram Jesus num manto de púrpura.
Depois aproximavam-se d’Ele e diziam:
«Salve, rei dos Judeus».
E davam-Lhe bofetadas.
Pilatos saiu novamente para fora e disse:
«Eu vo-l’O trago aqui fora,
para saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma».

Jesus saiu,
trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura.
Pilatos disse-lhes:
«Eis o homem».
Quando viram Jesus,
os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:
«Crucifica-O! Crucifica-O!».
Disse-lhes Pilatos:
«Tomai-O vós mesmos e crucificai-O,
que eu não encontro n’Ele culpa alguma».
Responderam-lhe os judeus:
«Nós temos uma lei
e, segundo a nossa lei, deve morrer,
porque Se fez Filho de Deus».
Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado.
Voltou a entrar no pretório e perguntou a Jesus:
«Donde és Tu?».
Mas Jesus não lhe deu resposta.
Disse-Lhe então Pilatos:
«Não me falas? Não sabes que tenho poder
para Te soltar e para Te crucificar?».
Jesus respondeu-lhe:
«Nenhum poder terias sobre Mim,
se não te fosse dado do alto.
Por isso, quem Me entregou a ti tem maior pecado».
A partir de então, Pilatos procurava libertar Jesus.
Mas os judeus gritavam:
«Se O libertares, não és amigo de César:
todo aquele que se faz rei é contra César».
Ao ouvir estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora
e sentou-se no tribunal,
no lugar chamado «Lagedo», em hebraico «Gabatá».
Era a Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia.
Disse então aos judeus:
«Eis o vosso rei!».
Mas eles gritaram:
«À morte, à morte! Crucifica-O!».

Disse-lhes Pilatos:
«Hei-de crucificar o vosso rei?».
Replicaram-lhe os príncipes dos sacerdotes:
«Não temos outro rei senão César».
Entregou-lhes então Jesus, para ser crucificado.
E eles apoderaram-se de Jesus.
Levando a cruz,
Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário,
que em hebraico se diz Gólgota.
Ali O crucificaram, e com Ele mais dois:
um de cada lado e Jesus no meio.
Pilatos escreveu ainda um letreiro
e colocou-o no alto da cruz; nele estava escrito:
«Jesus, o Nazareno, Rei dos Judeus».
Muitos judeus leram esse letreiro,
porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado
era perto da cidade.
Estava escrito em hebraico, grego e latim.
Diziam então a Pilatos os príncipes dos sacerdotes dos Judeus:
«Não escrevas: ‘Rei dos judeus’,
mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o rei dos Judeus’».
Pilatos retorquiu:
«O que escrevi está escrito».
Quando crucificaram Jesus,
os soldados tomaram as suas vestes,
das quais fizeram quatro lotes, um para cada soldado,
e ficaram também com a túnica.
A túnica não tinha costura:
era tecida de alto a baixo como um todo.
Disseram uns aos outros:
«Não a rasguemos, mas lancemos sortes,
para ver de quem será».
Assim se cumpria a Escritura:
«Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica».
Foi o que fizeram os soldados.

Estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.
Depois, sabendo que tudo estava consumado
e para que se cumprisse a Escritura,
Jesus disse:
«Tenho sede».
Estava ali um vaso cheio de vinagre.
Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre
e levaram-Lha à boca.
Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
«Tudo está consumado».
E, inclinando a cabeça, expirou.
Por ser a Preparação,
e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado,
__ era um grande dia aquele sábado __
os judeus pediram a Pilatos
que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro,
depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto,
não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança,
e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho,
e o seu testemunho é verdadeiro.
Ele sabe que diz a verdade,
para que também vós acrediteis.

Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz:
«Nenhum osso Lhe será quebrado».
Diz ainda outra passagem da Escritura:
«Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus,
embora oculto por medo dos judeus,
pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus.
Pilatos permitiu-lho.
José veio então tirar o corpo de Jesus.
Veio também Nicodemos,
aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus.
Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés.
Tomaram o corpo de Jesus
e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes,
como é costume sepultar entre os Judeus.
No local em que Jesus tinha sido crucificado,
havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo,
no qual ainda ninguém fora sepultado.
Foi aí que, por causa da Preparação dos Judeus,
porque o sepulcro ficava perto,
depositaram Jesus.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Quinta-Feira da Ceia do Senhor

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Antes da festa da Páscoa,
sabendo Jesus que chegara a sua hora
de passar deste mundo para o Pai,
Ele, que amara os seus que estavam no mundo,
amou-os até ao fim.
No decorrer da ceia,
tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes,
filho de Simão,
a ideia de O entregar,
Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade,
sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava,
levantou-Se da mesa, tirou o manto
e tomou uma toalha, que pôs à cintura.
Depois, deitou água numa bacia
e começou a lavar os pés aos discípulos
e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura.
Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe:
«Senhor, Tu vais lavar-me os pés?».
Jesus respondeu:
«O que estou a fazer, não o podes entender agora,
mas compreendê-lo-ás mais tarde».
Pedro insistiu:
«Nunca consentirei que me laves os pés».
Jesus respondeu-lhe:
«Se não tos lavar, não terás parte comigo».
Simão Pedro replicou:
«Senhor, então não somente os pés,
mas também as mãos e a cabeça».
Jesus respondeu-lhe:
«Aquele que já tomou banho está limpo
e não precisa de lavar senão os pés.
Vós estais limpos, mas não todos».
Jesus bem sabia quem O havia de entregar.
Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos».
Depois de lhes lavar os pés,
Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa.
Então disse-lhes:
«Compreendeis o que vos fiz?
Vós chamais-Me Mestre e Senhor,
e dizeis bem, porque o sou.
Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés,
também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
Dei-vos o exemplo,
para que, assim como Eu fiz, vós façais também».

Visita de SS. AA. RR., o Sr. D.Duarte, Duque de Bragança e do Infante D.Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, à XII Feira do Folar


A visita de SS. AA. RR., o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança e do Infante Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, à XII Feira do Folar e dos Produtos da Terra, em Valpaços, no passado dia 28, decorreu num ambiente muito animado e com enorme participação popular.








À chegada ao Pavilhão Multiusos, onde decorreu o evento, os Reais visitantes, acompanhados pelos membros da Direcção da Real Associação de Trás-os-Montes e Alto Douro e pelo Eng.º Manuel Barreira da Cruz, responsável pelo Núcleo Concelhio de Valpaços da Real Associação, foram calorosamente acolhidos pelos responsáveis pela organização da Feira.







De seguida, deu-se início a uma visita guiada aos stands de todos os expositores.




















O Duque de Bragança e o Príncipe da Beira puderam comprovar o empenho e a dedicação dos produtores locais de azeite, de enchidos, de vinhos regionais transmontanos, e demais produtos regionais, na promoção dos produtos da terra e na sua valorização a nível nacional, como marcas da identidade e da cultura gastronómica transmontanas.

















Após a visita à XII Feira do Folar, o Duque de Bragança e o Príncipe da Beira percorreram as ruas de Valpaços, recebendo os cumprimentos de muitos locais e de forasteiros, e dirigiram-se para os Paços do Concelho onde foram recebidos pelo Presidente da Câmara Municipal, o Eng.º Francisco Baptista Tavares.





O Presidente da edilidade valpacense congratulou-se com a presença do Senhor Dom Duarte e do Infante Dom Afonso no Município de Valpaços, tendo destacado no seu breve discurso alguns factos positivos dos tempos da Monarquia, e alertado para a forma injusta como por vezes se faz referência à Instituição Monárquica e a alguns Reis de Portugal.





Durante a sessão de boas-vindas, o Presidente da Câmara de Valpaços ofereceu ao Duque de Bragança uma colecção de litografias de aguarelas alusivas ao Concelho de Valpaços, da autoria do artista plástico flaviense Mário Lino.







O Duque de Bragança retribuiu a oferta com a entrega de uma medalha comemorativa da Canonização do Santo Condestável, Dom Nuno Álvares Pereira.
A encerrar a sessão de boas-vindas, o Duque de Bragança foi convidado a assinar o Livro de Honra dos Paços do Concelho.


O Eng.º Francisco Baptista Tavares aproveitou a ocasião para relatar um episódio curioso e simbólico relacionado com a assinatura do Livro de Honra. Referiu ele que o Livro de Honra foi aberto há cem anos com a assinatura de Afonso Costa, e que, passado um século, no ano do Centenário da Implantação da República, como que por ironia do destino, o Sucessor Dinástico dos Reis de Portugal e representante da Instituição Monárquica, que Afonso Costa atacou de forma enérgica e até mesmo violenta, estava ali a assinar precisamente o mesmo Livro de Honra.
Sinal dos tempos !!!
A terminar a visita a Valpaços, o Duque de Bragança e o Príncipe da Beira honraram os muitos monárquicos locais com a sua presença num jantar promovido pelo Núcleo Concelhio local da Real Associação de Trás-os-Montes e Alto Douro.