quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Menos de um mês

Encontramos-nos a menos de um mês das comemorações dos 100 anos da Implantação da Républica, não existe qualquer movimentação da Parte dos Républicanos Portugueses.
Presume-se que será um momento que pretendem que passe em claro e discretamente.

Verdade seja dita que são parcos os motivos de comemoração que podem assistir á comemoração de tal evento...
Sabemos contudo que não foram tão parcos assim os meios que lhes foram afectos para a comemoração €10.000.000,00 ( dez Milhões de Euros) numas comemorações que se iniciaram a 31 de Jneiro deste ano e terminarão em Agosto de 2011.

Falta apurar no Orçamento de estado de 2011, qual será o montante do reforço de verba afecta ás comemorações dos 100 anos da Républica, para esse mesmo ano.

Estaremos por certo atentos.

O Presidente da Real Associação do Ribatejo,

Orlando Góis

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Casa Real espanhola também aperta o cinto

Rei Juan Carlos pediu a primeiro-ministro Zapatero um corte, a partir de Junho, no orçamento destinado anualmente às suas despesas.


A crise económica afecta a todos e a Casa Real espanhola está a ser pressionada para apertar também o cinto. Em 2010, o Rei Juan Carlos tinha previsto receber 8,9 milhões de euros para as suas despesas, de que não precisa prestar contas. O pagamento é trimestral e o Rei já terá pedido ao Governo, liderado por José Luis Zapatero, que corte nesse valor a partir de Junho. O suplemento La Outra Crónica, do jornal El Mundo, fez as contas e diz onde o monarca pode poupar 1,7 milhões de euros (ver caixa).

O orçamento entregue ao Palácio da Zarzuela serve para pagar os únicos dois salários da Casa Real: o de Juan Carlos e o do príncipe herdeiro, Felipe. Além disse, cobre o ordenado daqueles que trabalham directamente com a monarquia, num total de 200 pessoas. Destes, há funcionários que têm o salário equiparado ao de ministros – como o chefe da Casa Real, Alberto Aza – ou de secretários de Estado. Apesar do estatuto diferente, têm visto o ordenado aumentar na mesma proporção que estes e agora devem vê-lo também diminuir. Zapatero anunciou um corte de 15% nos salários dos altos cargos governamentais.

Os 8,9 milhões servem ainda para os gastos diários com alimentação na Zarzuela, as viagens privadas, os carros particulares e, claro, com o vestuário. Neste ponto, o Rei já anda a poupar há pelo menos 18 meses – o tempo em que não encomenda um fato novo (de 2000 a 2500 euros) ao alfaiate Gonzalo López, segundo o El Mundo. Já a rainha Sofia e a nora Letizia costumam repetir sem problemas os mesmos vestidos.

Em 2006, a Casa Real espanhola teve um orçamento de oito milhões de euros. Um valor que subiu até 2009, alcançando os 8,9 milhões. Perante os primeiros indícios da crise, Juan Carlos tinha pedido para que o valor se mantivesse este ano e agora aceita mesmo diminuí-lo. A monarquia custa a cada espanhol 19 cêntimos. Isto directamente, porque há outros gastos que são assumidos por vários ministérios, como, por exemplo, as viagens oficiais.

Ainda assim, a monarquia espanhola é das mais baratas. A britânica custa 81 cêntimos a cada britânico (orçamento de 48,8 milhões de euros), enquanto a sueca ronda os 55 cêntimos (5,13 milhões em 2006). Em comparação, a Presidência da República Portuguesa custa, segundo o Orçamento do Estado 2010, 20,7 milhões de euros – 1,9 euros por português.

Diário de Notícias, 30 de Maio de 2010

sexta-feira, 28 de maio de 2010

CORTES DE COIMBRA DE 1385

Se as classes política e intelectual dos nossos dias tivessem alguma abertura de espirito e fossem social e culturalmente menos complexadas, podiam ter colhido muito das ideias, dos saberes e das experiências que foram, ao longo dos tempos, forjando a identidade portuguesa e a nossa maneira de sentir e estar no mundo.
O “novo riquismo” europeísta das classes dirigentes, apoiado no diletantismo bacoco de uma “intelligentsia” esvaziada e de extracção recente, conduziram ao marasmo em que nos encontramos, de que só sairemos quando Portugal e os Portugueses se reencontrarem.

O Texto que se apresenta é bem o exemplo de como, em situação de crise, se escolhe um Rei e se reconstrói um Reino.

“Abertas as côrtes de Coimbra, o Chanceler João das Regras tomou logo a mão para falar, porque a ele tinha sido secretamente confiado o difícil papel de pôr fora de combate, em proveito do Mestre de Avis, os outros candidatos ao trono de Portugal.
Ocupou-se em primeiro lugar da candidatura de D. Beatriz. Combateu-a dizendo que a rainha de Castela era filha adulterina de D.Leonor Teles, por isso que nascera sendo vivo João Lourenço da Cunha; que D. Fernando e Leonor Teles eram ainda parentes em grau que não admitia dispensa, por isso que tanto D. Fernando como João Lourenço da Cunha eram trinetos de D. Afonso III; que, finalmente, não podia haver certeza de que D. Beatriz fosse filha do rei D. Fernando.
E, a fim de libertar de escrúpulos o espírito dos fidalgos que estavam ligados por juramento à causa de D. Beatriz, recordou a violação dos tratados por parte do rei de Castela, e que este estava fora do verdadeiro grémio da Igreja, por isso que reconhecia o papa de Avinhão, ao passo que o governo do mestre de Avis reconhecia o santo padre Urbano, o verdadeiro papa.
O auditório deixou-se arrebatar pela palavra ardente do douto chanceler, e os aplausos rebentaram de todos os lados da sala, especialmente quando ele apelou para o sentimento de nacionalidade, que devia levar todos os bons portugueses a repelirem a candidatura de D. Beatriz, que representava simplesmente uma absorção.
Triunfante da primeira dificuldade, João das regras passou a falar dos dois filhos de D. Inês de Castro.
Esta investida era muito mais difícil, não só porque era muito numeroso o partido da legitimidade, mas também porque o próprio mestre de Avis reconhecera o direito do infante D. João, filho mais velho de Inês de Castro. Mas João da Regras, com a sagacidade que lhe era peculiar, procurou atacar a questão pela raiz, e tratou logo de pôr em duvida a legitimidade do casamento de D. Pedro com D. Inês de Castro. Notou as inverosimilhanças que se davam entre o caracte resoluto de D. Pedro e o suposto receio de declarar enquanto seu pai fosse vivo, que D. Inês era sua legitima mulher; observou que não era crível que todas as pessoas que se dizia terem assistido ao casamento perdessem a memória do dia, mês e ano em que se realizou, excepto uma só, Estevão Lobato, cuja declaração devia avivar a reminiscência dos outros que foram presentes; estranhou que D. Pedro fizesse semelhante declaração só depois de transcorridos quatro anos sobre a morte de seu pai.
“E porque pensais que isto assim então foi feito? (São palavras que Fernão Lopes atribui a João das Regras). Porque em vida de el-rei seu pai, nem depois até aquele tempo, nunca ele pode haver dispensação do Papa, que lhe legitimou os filhos; então fez aquela publicação como vistes, por mostrar que eram lídimos, e valesse o que pudesse valer.”
Tendo preparado o seu discurso com uma sagacidade verdadeiramente notável, João das Regras ia subindo lentamente a escala dos efeitos, e de si para si rejubilava de ver que os seus golpes eram certeiros, e produziam o resultado esperado.
Portanto, fez notar que ainda que D. Pedro tivesse casado com D. Inês, o casamento seria ilegítimo, porque D. Pedro era primo co-irmão do pai de D. Inês de Castro, e ainda também porque D. Inês fora madrinha do Infante D. Luís, filho de D. Pedro e de D. Constança, o que constituía grave impedimento.
Estavam, pois, fora de combate D. Beatriz de Castela e os filhos de D. Inês de Castro, os quais, além da ilegitimidade da sua origem, tinham desservido a pátria em favor de Castela. Pelo que só restava eleger o mestre de Avis que, sobre ser de origem real, tinha defendido heroicamente a pátria em circunstâncias tão difíceis.
Ainda assim, a vitória de João das Regras não era decisiva, porque a assembleia estava dividida em duas facções: uma, que se inclinava para a causa do Infante D. João e era capitaneada por Martim Vasques da Cunha; outra, que advogava a causa do mestre e tinha por orador João das Regras e por leader Nuno Álvares Pereira.
Não se chegara ainda a resolução nenhuma, e a vaga parecia mesmo rugir ameaçadora, o que suscitou a Nuno Álvares a ideia de se desembaraçar violentamente de Martim Vasques. Mas João das Regras parecia tranquilo ao passo que Nuno Álvares se mostrava impaciente. Era que João das Regras tinha ainda de reserva um golpe terrível, que em ultimo caso vibraria triunfantemente.
Com efeito, em nova sessão das côrtes João das Regras pôs em acção a sua aartilharia de reforço, e preparou-se para ler uns documentos “que ele quisera calar”.
O primeiro documento lido foi uma carta do rei D. Afonso ao arcebispo de Braga pedindo-lhe a us interferência paraa que o papa negasse a seu filho D. Pedro, que andava “embevedo de amores”, a dispensa que ele solicitasse para casar com D. Inês de Castro.
Depois, João das Regras passou a ler uma caarta de D. Pedro ao papa, na qual lhe declarava que havia casado com D. Inês de Castro, não obstante o parentesco que tinha com ela, e lhe pedia que confirmasse o casamento, “em guisa que os moços ficassem legítimos”.
Em seguida, e depois de fazer sentir à assembleia a intensidade dos esforços que os embaixadores de D. Pedro empregariam junto da Santa Sé, para obterem a confirmação papal, João das Regras desenrolou um terceiro pergaminho, que passou a ler.
Era a resposta do papa à solicitações de D. Pedro.
Este documento, bem como os outros já referidos, vêm estampados na crónica de Fernão Lopes. Mas, a fim de não alongarmos fastidiosamente a narrativa, limitar-nos-emos a noticiar que o papa Inocêncio VI recusava categoricamente legitimar o casamento e os filhos.
Em vista destas provas, que tinham um grande valor, sobretudo se atendermos à época, o grupo que defendia a legitimidade do filho mais velho de Inês de Castro, alijou os seus escrúpulos, e fez causa comum com os defensores da candidatura do mestre de Avis.
Então, os prelados, fidalgos e procuradores dos concelhos foram oferecer ao mestre a corôa de Portugal. Outro qualquer havê-la-ia recebido a impulsos de alegria, sem procurar firmar-se cadaa vez mais no terreno. Mas o mestre de Avis sabia também preparaar efeitos, e alegou que “havia tais embargos assim no defeito de sua nascença, como na profissão que à ordem de Avis fizera” e, principalmente, que seria inconveniente que sendo rei fosse vencido por Castela, facto que a dar-se não desairaria nem o reino nem a ele, não passando de um simples cavaleiro. Por ultimo, que contassem sempre com a sua boa vontade quando se tratasse de defender a pátria.
A isto replicaram os prelados, fidalgos e procuradores dos concelhos instando para que aceitasse a corôa, porque de outro modo Portugal correria grande risco de cair nas mãos dos inimigos, “maiormente sismáticos e reveis” à Santa Igreja.
O mestre de Avis, que já não podia ser de futuro acusado de ambicioso, porque tinha dificultado a sua anuência, cedeu por fim, e tudo se preparou desde então para o acto solene de aclamação, sendo Nuno Álvares Pereira encarregado de dirigir os apercebimentos da festa.
Com efeito, o mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal a 6 de Abril de 1385, tendo vinte e sete anos de idade.
Finalmente, a obra começada pelo povo acabava de ser coroada pelo clero e pela nobreza.
Sentava-se finalmente no trono de Portugal um rei que a vontade popular indicara e cuja candidatura a sua perseverança fizera triunfar.
Três elementos poderosos contribuíram certamente para o bom resultado da empresa: a firmeza do povo, a espada de Nuno Álvares e a provada sagacidade do Dr. João das Regras.”

(Luciano Cordeiro, História de Portugal, II Volume, Livro VI, pags. 343 a 345, Empresa Literária de Lisboa, 1876)

sábado, 15 de maio de 2010

Votos de Feliz Aniversário pelo 65º Aniversário de S.A.R. Senhor Dom Duarte






O Chefe da Casa Real Portuguesa, Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança é filho dos Duques de Bragança, Dom Duarte Nuno, Neto de D. Miguel I, Rei de Portugal e Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança, Princesa do Brasil, trineta do Imperador D. Pedro I do Brasil, também conhecido como D. Pedro IV de Portugal.

Em período de exílio que atingiu a Família Real, nasceu na Suíça mas em território português: na Embaixada de Portugal em Berna, a 15 de Maio de 1945. Teve por padrinhos Sua Santidade o Papa Pio XII e por madrinha a Rainha Dona Amélia de Orleans e Bragança, então viúva de D. Carlos I, Rei de Portugal.

Permitido o regresso a Portugal da Família Real nos anos 50, estudou no Colégio Nuno Álvares (Caldas da Saúde) em Santo Tirso entre 1957 e 1959.

Em 1960 ingressou no Colégio Militar, prosseguindo, posteriormente, os Seus estudos no Instituto Superior de Agronomia e ainda no Instituto para o Desenvolvimento na Universidade de Genebra.

Cumpre o serviço militar em Angola como Tenente Piloto Aviador da Força Aérea entre 1968 e 1971. Durante esse período conheceu em profundidade as populações das então Províncias Ultramarinas, estabelecendo relações de amizade, em particular, com chefes tradicionais e lideres espirituais das várias religiões, circunstancias essas que lhe criaram dificuldades acrescidas com as autoridades em Lisboa.

Como Presidente da Campanha “Timor 87”, desenvolveu actividades de apoio a Timor e aos Timorenses residentes em Portugal e noutros países, iniciativa que teve o mérito de dar um maior destaque à Causa Timorense.

Sob a presidência do Senhor Dom Duarte participaram dessa campanha numerosas personalidades notáveis de diferentes quadrantes da sociedade portuguesa da altura, conseguindo-se a construção de um bairro para Timorenses desalojados.

Através da Fundação Dom Manuel II, instituição que preside, deu continuidade a esse empenho através de ajudas financeiras para a concretização de projectos nos domínios da educação, cultura e promoção do desenvolvimento humano em Timor e noutros países lusófonos.

Encetou contactos a vários níveis incluindo uma visita aos Governantes Indonésios, e a Timor Sob ocupação, que contribuiu decisivamente para uma mudança da atitude do Governo Indonésio e para O despertar de consciências em relação ao processo de independência daquele território.

É Presidente Honorário e membro de diversas instituições, sendo actualmente membro do Conselho Supremo dos Antigos Alunos do Colégio Militar e Presidente Honorário do Prémio Infante D. Henrique, programa vocacionado para jovens e que tem como Presidente Internacional S.A.R. o Duque de Edimburgo.

Desde muito jovem dedicou a sua atenção á defesa do ambiente, pertencendo desde os dez anos à Liga para a Protecção da Natureza.

Manifestando um profundo interesse e amor por Portugal e por toda a presença de Portugal no mundo, só ou acompanhado da sua Família percorre anualmente várias regiões do País, países lusófonos e comunidades portuguesas no mundo inteiro a convite dos responsáveis locais.

É Grão Mestre da Ordem de N. Sra. da Conceição de Vila Viçosa, da Real Ordem de São Miguel da Ala, Juiz da Real Irmandade de São Miguel da Ala, Bailio Grã-Cruz da Ordem Soberana de Malta, membro do Conselho Científico da Fundação Príncipes de Arenberg.

Agraciado por múltiplas ordens honoríficas, o Duque De Bragança está ligado por laços familiares a várias Casas Reais da Europa, nomeadamente: Luxemburgo, Áustria-Hungria, Bélgica, Liechenstein, Itália, Espanha, Roménia, Sérvia, Bulgária Thurn e Taxis, Bourbom Parma, Loewenstein etc.

Visita regularmente países com estreita relação histórica a Portugal frequentemente a convite dos respectivos Governos ou Chefes de Estado com quem mantém laços de amizade, como por exemplo o Brasil, Arábia Saudita, os Emiratos Árabes Unidos, Japão, China, Marrocos, Rússia, Estados Unidos, etc.

Casou a 13 de Maio de 1995, com a Senhora Dona Isabel de Herédia, e é pai de:
Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, nascido a 25 de Março de 1996 e baptizado em Braga a 1 de Junho de 1996,
Dona Maria Francisca nascida a 3 de Março de 1997 e baptizada em Vila Viçosa em 31 de Maio de 1997
Dom Dinis nascido a 25 de Novembro de 1999 e baptizado no Porto em 19 de Fevereiro de 2000

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Inauguração da Biblioteca Ruy Gomes da Silva- Chamusca



A Real Associação do Ribatejo, foi convidada a estar presente, no dia de hoje 14 de Maio de 2010, pelas 11.00horas na Pessoa do seu Presidente, na Inauguração da Biblioteca Municipal da Chamusca " Ruy Gomes da Silva", Principe de Eboli.
Inauguração que ocorreu no decurso das tradicionais "Festas da Ascenção da Chamusca".
Fomos, primorosamente, recebidos pelo Senhor Presidente da Camara Municipal da Chamusca,Sergio Carrinho, incorporando as entidades oficiais, entre as quais se encontrava a senhora Governadora Civil, Dra.Sónia Sanfona, (ex colega de escritório do Actual Presidente da Real Associação do Ribatejo, Dr. Orlando Góis). Após a inauguração e visita ás instalações, seguiu-se um Porto de Honra, servido aos convidados.
Esteve ainda presente o Professor Doutor António Hespano, da Faculdade de Direito de Lisboa.

Ficou agendado o compromisso de envidaraem-se esforços no sentido de colaboração cultural com o Município da Chamusca.

Breve biografia de Ruy Gomes da Silva:

Noa ano de 1516 nasce na Chamusca o segundo filho varão de Francisco da Silva e Maria de Noronha, Ruy Gomes da Silva.
Ruy Teles de Meneses, conde de Unhão, avô por linha materna de Ruy Gomes da Silva e mordomo-mor da Infanta D. Isabel, fez com que este fosse incluído no sequito imperial.
Assim , e com apenas dez anos de idade,Ruy Gomes da Silva vê-se forçado a acompanhar a Infanta na sua deslocação para Castela, onde iria casar com o Imperador Carlos V.

As Brincadeiras e Cumplicidades de Ruy e Dom Filipe

A 21 de Maio de 1527, uma ano após a chegada de Ruy á corte castelhana, nasceu o filho do casal imperial, o Principe S.A.R. Dom Filipe, com quem iria privar e criar uma forte relação de amizade, reforçada após a morte da Imperatriz Dona Isabel.
Ruy Gomes da Silva foi o unico estrangeiro a fazer parte dos seis priveligiados que participaram na educação do pequeno príncipe.

O Cavaleiro

Ao longo dos anos, uma profunda amizade e a partilha dos gostos comuns aproximaram ainda mais Ruy Gomes da Silva e o Futuro Rei, Sua Majestade Dom Filipe II.
Excelentes cavalaeiros participavam em todon o tipo de competições, destacando-se Ruy Gomes da Silva pela sua coragem e habilidade na arte de bem cavalgar.

O Conselheiro

Considerado como o mais intimo conselheiro de Sua Majestade, Rei Dom Filipe II e fiel depositário dos segredos particulares e dos mais relevantes do Estado,Ruy Gomes da Silva foi o homem da sua maior confiança.
intitulado por muitos como Rei Gomes da Silva, foi um homem discreto mas perseverante, influenciando as mais importantes decisões de Sua Magestade Filipe II.

O Politico

Para poder integrar, Ruy Gomes da Silva no seio de uma sociedade muito segmentada e fechada, era fundamental engrandecê-lo em ermos nobiliárquicos. Assim El Rei Dom Filipe II, Atribui-lhe Inúmeros títulos, entre eles: Comendador de Esparregal n Ordem de Alcantara; Conselheiro de Estado;Contador Mor de Castela e das Indias, Principe de Éboli e Grande da Espanha.

Ruy Gomes da Silva casou-se com Ana Mendonça e de la Cerda, em 18 de Abril de 1553 e apadrinhado por S.M. Rei Dom Filipe II, quando esta tinha apenas 13 anos de idade.
Este casamento proporcionou a Ruy Gomes da Silva um novo estatuto.
Ana Mendonça e de lacerda era uma mulher extremamente bonita e apresentava como particularidades uma pala sobre o olho direito que tinha cegado durante um jogo de florete. Do casamento resultou o nascimento de oito filhos, tendo cinco chegado á idade adulta.
Os Duques de Pastrana e Principes de Éboli deram ainda a Portugal uma rainha, a sua trineta Dona Luísa de Gusmão.
Dona Ana de Mendonça e S.M. Dona Isabel de Valois, mulher do Rei Filipe II eram muito amigas, depositando a Rainha a máxima confiança nela.
Concessão do Alvará aos Lugares da Chamusca e de Ulme
Francisco da Silva, 3º Donatário da Chamusca e de Ulme protagonizou a primeira tentaiva conhecida de solicitar a autonomia das suas terras. No entanto só com a forte inflência de Ruy Gomes da Silva e sob a de D. Catarina ( na menoridade de D. Sebastião) foi dado a 18 de fevereiro de 1561 o Alvará que permitiu elevar a Vilas os Lugares da Chamusca e de Ulme.
Na Corte do Rei Filipe II, teve como seu Grande opositor o Duque de Alba, que era um homem que defendia as posição de uma espanha una e impsota pela força e Ruy Gomes da Silva era mais diplomata e procurava obter posições consensuais, era conhecido pelo principe da Paz.
Ruy Gomes da Silva, construiu a vila ducal de Pastrana, que em tudo se assemelhava á sua terra Natal, Chamusca e foi o reviver da sua Infancia. eram frequentes as festas , torneios, touradas, bailes e competições, neste Paço Ducal.
Ruy Gomes da Silva, faleceu em Madrid em 29 de Julho de 1573, bastante debilitado e frágil, depois da sua morte sua mulher viu-se envolvida numa trama politica que ditou o seu enclausuramento no seu Palacio Ducal em Pastrana, aí vivendo os seus ultimos dias.