quarta-feira, 31 de março de 2010

SAR D.Duarte de Bragança no "Perguntas Proibidas" da Rádio Europa

Tal como tinhamos anunciado, no dia 18 de Março, SAR D.Duarte de Bragança foi entrevistado pelo Professor Mendo Castro Henriques, Presidente do Instituto da Democracia Portuguesa (IDP). Nesta entrevista, D. Duarte apresenta uma panorâmica de grandes questões nacionais.

Para ouvir:

Perguntas Proibidas 18 de Março - 1ªParte

Perguntas Proibidas 18 de Março - 2ªParte

REIS DE PORTUGAL

S.A.R D.Isabel de Bragança foi Escuteira

Quem já esteve activamente no escutismo sabe bem que essa experiência perdura muitos anos e acompanha-nos ao longo de toda a vida. Para o ilustrar convidámos, nas comemorações dos 75 anos do CNE, vários antigos escuteiros, hoje individualidades da sociedade portuguesa, a responderem-nos a algumas perguntas relativas à sua experiência no Escutismo.

1. Porque é que foi Escuteiro?

2. O que é que o Escutismo trouxe à sua vida?

3. Do que se recorda mais da sua vivência no Escutismo?

4. Qual a mensagem que gostaria de deixar aos Escuteiros de hoje?


S.A.R., Dona Isabel de Bragança, Duquesa de Bragança


Fui Escuteira porque a minha irmã entrou para os Escuteiros e eu também quis entrar. Depois fomos para o Brasil e os meus pais acharam que devíamos continuar ligadas ao Movimento, continuei e gostei imenso.

O que o Escutismo trouxe à minha vida foi uma série de experiências a nível de participação, solidariedade e de trabalho em grupo. Também me ajudou a improvisar e desenvolver as minhas capacidades ao máximo, devido aos imprevistos com que deparava em acampamentos nos quais os tinha de solucionar rapidamente. Foi isto que o Escutismo me deu, e principalmente parte de solidariedade e do trabalho em conjunto que foi muito frutuosa no Brasil.

O que mais me recordo da minha experiência no Escutismo, é do meu primeiro Acampamento, que se realizou em São Paulo, com todas as Escuteiras desse Estado. Foi um grande Acampamento no qual me diverti bastante.

A mensagem que gostaria de deixar aos Escuteiros de hoje é de parabéns para todo o Movimento pela maneira como tem sido e pela forma como tem actuado. Sobretudo não se esqueçam que os Escuteiros são sempre um exemplo, não só para Portugal mas para o mundo inteiro.


Fontes: http://www.cne-escutismo.pt/ e SAR O Senhor Dom Duarte De Bragança no Facebook

terça-feira, 30 de março de 2010

Aniversário do Príncipe da Beira

A Nossa Bem-Amada Família Real!



S.A. Dom Dinis de Bragança

S.A. Dona Maria Francisca de Bragança

S.A.R. Dom Afonso de Bragança

Duarte Seabra Calado, Presidente da Juventude Monárquica de Lisboa


S.A. Dom Dinis de Bragança e amigos

Uma bonita foto de grupo!

S.A.R. Dom Duarte de Bragança a conversar com o Dr. João Mattos e Silva, Presidente da Real Associação de Lisboa

Os parabéns ao aniversariante

O bolo

S.A.R. Dom Afonso de Bragança


O presente da Juventude Monárquica de Lisboa para o Príncipe da Beira


S.A.R. Dom Afonso de Bragança entrega o prémio Príncipe da Beira ao vencedor
Fotos: Juventude Monárquica de Lisboa no Facebook

segunda-feira, 29 de março de 2010

Em ano de bicentenário, recordemos as palavras de Herculano


«Olhamos impassivelmente para as doutrinas republicanas, como olhamos para as monárquicas. Não elevamos nenhuma a altura de dogma. Não nos cega o fanatismo, nem perguntamos qual delas tem mais popularidade. É já tempo de examinar friamente, e de discutir com placidez, qual dos dois princípios pode ser mais fecundo para assegurar a liberdade e, depois da liberdade, a ordem e a civilização material destas sociedades da Europa, moralmente velhas e gastas. Persuadidos de que a monarquia, convenientemente modificada na sua acção, resolverá melhor o problema, preferimo-la sem nos irritarmos contra os seus adversários; sem os injuriarmos, sem acusar as suas intenções, recurso covarde de quem desconfia da solidez das próprias doutrinas. A nossos olhos a monarquia existe pelo povo, e para o povo, e não por Deus e para Deus. A existência de um poder público, de um nexo social, é o que se estriba no céu, porque a sociabilidade é uma lei humanitária. A revelação divina confirmou este facto achado também no mundo pela filosofia política. “Por mim”, disse a voz do Senhor, “reinam os reis, e os legisladores promulgam o que é justo”. A sabedoria suprema supôs a autoridade na terra: não curou de que fosse só um que a exercesse, ou que fossem muitos. Aprendamos a tolerância política nas divinas páginas da Bíblia.»


HERCULANO, Alexandre – Opúsculos. Tomo I. Questões públicas: política. Lisboa: Livraria Bertrand, 1983, pp. 267-268

sábado, 27 de março de 2010

Visita de S.A.R. o Duque de Bragança e de S.A.R. o Príncipe da Beira à XII Feira do Folar, em Valpaços



No próximo dia 28 de Março, S.A.R. o Duque de Bragança acompanhado por S.A.R. o Infante Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, deslocar-se-ão à XII Feira do Folar, Produtos da Terra e Seus Sabores que decorrerá no Pavilhão Multiusos em Valpaços entre os dias 26 e 28 de Março.

Venha até Valpaços no fim-de-semana e, no dia 28, a partir das 15h, junte-se aos membros da Real Associação de Trás-os-Montes e Alto Douro e do seu Núcleo Concelhio de Valpaços, que acompanharão S.A.R. o Duque de Bragança e S.A.R. o Infante Dom Afonso de Santa Maria na visita à XII Feira do Folar.

Fonte: Real Associação de Trás-os-Montes e Alto Douro

O hastear da Bandeira de Portugal

sexta-feira, 26 de março de 2010

Bandeira de Portugal hasteada no Parque Eduardo VII


Um dos promotores da iniciativa, que solicitou o anonimato, disse que a bandeira monárquica foi ali colocada a meia haste, durante a madrugada, como prova do «estado da nação».
Ao longo da manhã, vários simpatizantes da causa monárquica têm passado no Parque Eduardo VII mostrando-se agradados com a iniciativa.
Um dos apoiantes monárquicos presentes, o fotógrafo António homem Cardoso, disse que «a monarquia é uma das soluções para o actual estado do país».
«O país nunca esteve tão desalentado como agora, quando se comemora o centenário da República», afirmou.

O acto é atribuído à Carbonara, Movimento Monárquico de Massas.

Fontes: Sol

Fotos: Sol e JN

Convite do Núcleo de Abrantes

O Núcleo Monárquico de Abrantes da Real Associação do Ribatejo tem o prazer de convidar para o almoço que se irá realizar dia 10 de Abril (sábado) pelas 13h00 na Quinta de Santa Bárbara, em Constância.

Preço por pessoa: 20 euros

Agradece-se a confirmação, até ao dia 30 de Março, para o seguinte e-mail: nucleomonarquicoabrantes@gmail.com.

O almoço é aberto a familiares e amigos.

Pelo Núcleo de Abrantes

Mónica Calado Franco

quinta-feira, 25 de março de 2010

14º. Aniversário de S.A.R., O Principe da Beira

S.A.R., D. Afonso de Bragança, ao celebrar neste dia 25 de Março o seu aniversário, enche o coração de Portugal de esperança, de alegria e de confiança num futuro risonho e promissor pela qual todos nós Portugueses sonhamos.

S.A.R. muitos parabéns, desejando-lhe felicidades, Saúde, Paz, Harmonia e muito Amor com toda a Nossa Querida Família Real, no mais belo exemplo de União e Tradição.

Parabéns a S.A.R. D. Afonso, o Principe da Beira!

Parabéns a S.S.A.A.R.R. os Duques de Bragança!

quarta-feira, 24 de março de 2010


«Os nossos filhos têm uma vida como a das restantes crianças portuguesas e têm amigos em todo o género de famílias, mas não podem esquecer-se de quem são. Procuramos incutir neles o sentido de responsabilidade perante os outros e para com a nossa Pátria. A sua ascendência não dá privilégios, mas responsabilidades... Devem ser um bom exemplo para os outros.» - S.A.R. D. Isabel de Bragança (07/04/2009).

Fonte: S.A.R. O Senhor Dom Duarte de Bragança no Facebook

Rainha D. Amélia de regresso a Portugal

«Durante todos estes longos anos, nunca falei.É verdade que ainda era vivo o rei D. Manuel, meu filho, todo dedicado à causa portuguesa, e que tenho o orgulho de ter educado no culto da sua pátria. E se agora vivo em França, depois de vinte e cinco anos passados em Portugal (...) as minhas afeições, e mesmo a minha tragédia, fizeram de mim portuguesa até à alma.(...) pedi que fosse desmentido um dos mais crueis boatos sobre a nossa partida de Portugal. Não fugimos para Gibraltar. Assim que embarcámos na Ericeira (...) tinhamos a intenção de nos dirigir para o Norte e desembarcar no Porto, que reclamava o seu rei. (...) quero desmentir aqui solenemente aqueles que ainda ousam dizer que nos dirigimos para o Sul porque, a bordo, havia duas raínhas em lágrimas. É mentira. (...)Não chorámos, não nos queixámos, não tivemos medo. Chorei, sim, mais tarde, mas de pena e desespero. Nunca os Braganças foram cobardes! (...) mesmo na morte - amámos a pátria distante».

NOTA: «A viagem da Raínha decorreu de 19 de Maio a 30 de Junho de 1945; foi de Lisboa a Fátima, do Buçaco ao Mosteiro de Alcobaça e Batalha, parando na Ericeira, o seu porto de exílio, e visitando os dispensários que ela própria criara».

(in Stéphane Bern, «Eu, Amélia, Última Rainha de Portugal», Livraria Civilização Editora, pág. 224).

Fonte: Centenário da República

Fonte: Monárquicos Nortenhos

terça-feira, 23 de março de 2010


Fonte: Juventude Monárquica de Lisboa no Facebook

O janota Bernardino


Bernardino, sempre bem posto, usa agora um novo plastron.

A avaliar pela escolha, prevê-se para breve nova mudança de regime...


Fonte: Centenário da República

segunda-feira, 22 de março de 2010

“A Portuguesa” – originalmente monárquica e travestida pelos republicanos...

Fonte: Causa Monárquica

A Monarquia - Aqui e Agora

O ano de centenário da revolução republicana será uma oportunidade ímpar para nos confrontarmos com o que representam, hoje, o monarquismo e o republicanismo. Não esperemos que das comemorações oficiais resultem grandes revelações. Grande, grande, a comissão de festas só deve ter mesmo o orçamento e os 100 metros de mastro de bandeira com que Paredes pretende receber a histórica data.

Teremos de aproveitar os próximos tempos para expormos a justeza das nossas preferências. Ao contrário de outras dimensões da vida, as crenças políticas devem ser fundamentadas. Precisam de se basear em argumentos que possam captar a simpatia e a adesão dos que são servidos pela coisa pública.

Dito isto, devo confessar que rejeito, enquanto instituição, a República. Este meu sentimento, porém, não assume proporções planetárias. Deixo esses juízos definitivos, e em boa parte preconceituosos, aos que costumam arrogar-se senhores da Razão universal. Pela minha parte, basto-me com o repúdio da república portuguesa. Desta república mal nascida, mal criada e que, moribunda e prenhe de escândalos, ainda nos castiga. Haverá porém latitudes em que a república se justifica, por ausência de sistema alternativo. Esta evidência, a de que cada caso é um caso, parece escapar ao ideário republicano. Os republicanos são, regra geral, internacionalistas. Descobriram uma receitazinha universal e, com a caridade intelectual que os caracteriza, exportam-na para todos os cantinhos da Terra, derrubando as intrinsecamente pouco democráticas monarquias. Este parecer, tantas vezes repetido, favorece que os incautos acreditem ser a Síria uma verdejante democracia e a Suécia uma brutal ditadura.

Defendo que, em Portugal, a Instituição Real é a melhor forma de organização do Estado e da representação da Nação. Vejo a Monarquia como um sistema que garante um saudável compromisso com a História, que projecta no futuro essa memória geracional e que assegura a existência de uma legitimidade representativa própria, alheia aos clientelismos que inevitavelmente germinam e florescem em qualquer sistema electivo. No topo da hierarquia institucional deve figurar quem pode afirmar-se independente. Uma independência que lhe vem de uma legitimidade que não se afoga no lodaçal em que se podem tornar as vontades de facção. Um chefe de Estado que não resulta das maiorias episódicos é um chefe de Estado que pode exercer com maior autoridade a sua magistratura. Um chefe de Estado que não está preso à conjuntura é livre. E sendo o Rei é livre também nós o seremos.

Contudo, tenhamos consciência de que a solução oferecida pelo monarquismo, não é, ela própria, um fim. A essência do monarquismo consome-se na sua instrumentalidade. A Instituição Real tem de estar ao serviço do País e das pessoas, todas, que o animam. Se não estiver não é alternativa ao cancro republicano que nos corrói.

A condição real nunca foi nem pode ser vista como uma regalia ou um privilégio. É renúncia. É missão. Como escreveu Mouzinho de Albuquerque ao Príncipe Real: “Houve Reis, meu Senhor, que para desgraça dos seus povos adormeceram no trono em cujos degraus haviam nascido e nesse dormir esqueceram a missão que lhes cumpria desempenhar (…). Castiga-se a sentinela que se deixa vencer pelo sono e o Rei é uma sentinela permanente que não tem folga. (…) Enquanto vive tem o Rei de conservar os olhos sempre bem abertos, vendo tudo, olhando por todos. Nele reside o amparo dos desprotegidos, o descanso dos velhos, a esperança dos novos; dele fiam os ricos a sua fazenda, os pobres o seu pão e todos nós a honra do país em que nascemos, que é a honra de todos nós”.

Nuno Pombo, crónica publicada no boletim Correio Real nº 2

sábado, 20 de março de 2010

Bernardino Machado - Retrato de um Rei feito por um Presidente

«Raras vezes tão preciosos dons pessoais esmaltaram a coroa, como hoje em Portugal. O rei dá o exemplo de estudo, de gosto pelos prazeres intelectuais, naturalista e pintor apreciável, e até o exemplo do enrijamento físico que nos não é menos necessário. Quase todos têm de aprender com ele a amar por igual os exercícios do espírito e do corpo, e a assim preparar-se cabalmente, por de uns e de outros, a bem servir a Nação. Modesto no trato íntimo, a sua palavra tem vibração, sonoridade e calor no meio das assembleias solenes. Não fraquejando nunca nas situações difíceis, a sua coragem é simpática».

(Bernardino Machado, «Notas de um pai», in Instituto, Coimbra, 1901, nº 4)

Fonte: Centenário da República

S.A.R. D. Isabel de Bragança sempre dedicada a causas solidárias




Fonte: Família Real Portuguesa

sexta-feira, 19 de março de 2010

D. João IV - O Restaurador


D. João IV nasceu em Vila Viçosa no dia 18 de Março de 1604, embora tenha sempre celebrado o aniversário no dia 19, festa de São José.
Era filho de D. Teodósio II, 7.º duque de Bragança, e da duquesa D. Ana Velasco. Viu a luz como 2.º duque de Barcelos e herdeiro da Casa de Bragança, a maior casa senhorial do reino de Portugal e, por várias vias, parente próxima da Casa Real de Avis.
Rompendo-se a união que desde 1580 agregava Portugal à monarquia compósita dos Áustria, D. João foi jurado Rei de Portugal no dia 15 de Dezembro de 1640.
A secessão que protagonizou traria a reconstituição da corte régia, a formação de um governo, mas também a guerra e o problemático reconhecimento do Reino no contexto internacional. Em política interna desenvolveu uma larga actividade legislativa, consolidando a Restauração através de um persistente esforço político, administrativo e militar.
Letrado e artista, foi um notável cultor da música. Erudito bibliófilo musical, compôs diversos motetes e dois opúsculos sobre matérias musicais.
Em 1646 proclamou Nossa Senhora da Conceição Padroeira de Portugal, oferecendo-lhe a coroa. Desde esta altura, os Reis de Portugal passaram a ser representados ao lado da coroa régia, como sinal de devoção e respeito.
D. João IV morre a 6 de Novembro de 1656, deixando à sua descendência, trabalho feito na organização de um sólido aparelho militar, na reparação dos castelos da raia, no fortalecimento das guarnições, na defesa do Alentejo e das Beiras.
Sucede-lhe o seu segundo filho, D. Afonso VI.
Fontes: Manuel de Sousa, Reis e Rainhas de Portugal; Leonor F. Costa e Mafalda S. da Cunha, D.João IV

S.A.R. D. Duarte: "Ser Pai é dar o melhor"


Dia de São José


quinta-feira, 18 de março de 2010

Vestuário dos Vereadores da Câmara de Angra do Heroísmo

Em 1853 morreu D. Maria II e a Câmara de angra resolveu fazer a cerimónia tradicional da quebra dos escudos, que consistia num cortejo, que percorria a cidade, quebrando-se em três pontos do percurso o escudo das armas nacionais – com o pregão: - “Chorai Portugueses, a morte da nossa Rainha a Senhora D. Maria Segunda”.

Varas da Vereação, douradas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo. Para a quebra dos escudos eram pintadas de preto.
Nesse cortejo incorporou-se a Câmara, levando os vereadores o seguinte trajo:
Chapéu de abas grandes coberto de merinó preto; gravata preta de merinó, de pontas; bacalhaus de escomilha muito anilada; colete de casimira preta; sapatos de escovado preto com fivela preta; capa de lila preta, ou merinó, comprida; fumo no chapéu caído do lado esquerdo até abaixo dos joelhos.
Deviam ir bonitos os senhores vereadores, mas houve quem não gostasse de os ver.
Em 1864 o então vereador José Maria do Amaral propôs à Câmara que se pedisse ao governo a permissão de ser substituído o trajo antigo, de que usavam os vereadores, quando saíam em corporações nas ocasiões festivas, por outro lado de calça e farda apropriada, porque o trajo de calção e capa de seda estava…fora da moda e anacrónico.

quarta-feira, 17 de março de 2010

D. Duarte de Bragança no Perguntas Proibidas: Quinta-feira, 18 de Março de 2010


Esta quinta-feira (18.03.2010) no Perguntas Proibidas D. Duarte de Bragança apresenta uma panorâmica de grandes questões nacionais em entrevista a Mendo Henriques.

O contraste entre o voluntariado activo e eficaz em Portugal e o crescente abstencionismo eleitoral; a necessidade de um Parlamento assente no voto uninominal; a comparação entre os regimes democráticos europeus onde existem monarquias; os projectos de energias sustentáveis de que o país carece; os desperdícios com o centenário da República; a sugestão de um Instituto da Paisagem e ordenamento em Portugal; a importância das ferrovias nacionais e da ligação a Espanha em bitola europeia; o acompanhamento do papa Bento XVI no processo de paz no Médio Oriente,e iniciativas patrocinadas no mundo lusófono que se estende para além dos países da CPLP; eis alguns dos temas que passaram por esta entrevista.


Emissão a 18 de Março 2010, às 18h05.



Sobre a República:

Quando um regimen se converte assim n'um prostibulo, ou a nação, deshonrada, manchada, emporcalhada, o esmaga ... ... ou está perdida.

Homem Christo. Banditismo Político. Madrid. 1913

Fonte: blogue Centenário da República

D. Duarte: "Reagan sugeriu que me candidatasse a Belém"


É o herdeiro ao trono de Portugal, e acha que um rei é quem melhor defende a República. Não vota nas presidenciais, mas a conselho de Ronald Reagan já pensou candidatar-se Presidência da República. Em entrevista ao GRANDE PORTO, D. Duarte Pio, Duque de Bragança, recorda os tempos em que viveu em Coimbrões, Gaia, e os seus estudos no Liceu Alexandre Herculano, no Porto.
Este ano comemora-se o centenário da república. Como é que encara esta efeméride?
Acho bem que se comemore, acho bem que se homenageiem as pessoas que estavam dispostas a dar a vida pelos seus ideais, mas não acho bem que se gastem dez milhões de euros para celebrar uma data em que, no fundo, correu tudo mal. A I Republica foi desastrosa, como toda a gente sabe. De tal forma que, quando os militares derrubaram a I República, o país todo aplaudiu. A II República, tecnicamente, terá sido melhor, mas não havia democracia. Depois houve a terceira revolução militar, o 25 de Abril e finalmente chegámos a uma situação igual à que estávamos antes de 1910. A nossa constituição é semelhante, o nosso chefe de Estado actual tem mais ou menos os mesmos poderes que tinha o rei. Perdemos 100 anos. Se reparar, os militares do 25 de Abril não quiseram nenhuma identificação com a I República, e convidaram o PPM para fazer parte do Governo. Queriam mostrar claramente que era uma Republica nova, com novos ideais, e que não tinha nada a ver com, como eles diziam, os caixeiros bigodudos da altura da I República.
Têm-se levantado várias vozes a dizerem que o busto da República deveria ser alterado e que até a letra do Hino Nacional é ultrapassada e sem sentido. Acha que os símbolos nacionais são alterados ou que podem ser alterados?
Aquele busto da República com os peitos à mostra passa uma imagem um bocado estranha. Parece passar a mensagem de que os republicanos querem todos mamar… Não faz muito sentido. Acho que o busto deveria ser mais recatado. Aliás, acho a existência do busto da República um absurdo. Se a Republica é o bem comum, é a independência dos poderes, é a democracia, então não é uma forma de chefia de Estado e tanto funciona com um rei como com um presidente.
O Hino Nacional podia ter uma letra mais bonita. O problema é que finalmente já toda a gente o sabe de cor, graças ao Scolari, e se mudar agora corremos o risco de serem precisos muitos anos para as pessoas o voltarem a decorar.
Acha que os portugueses já absorveram em definitivo o regime republicano ou acha que há ainda uma certa nostalgia pela monarquia?
Há nostalgia por parte de muitas pessoas. Tanto os republicanos como os monárquicos fantasiam sobre o que seria uma monarquia actual. Mas as pessoas mais lúcidas comparam o desenvolvimento humano e económico dos regimes que têm reis e rainhas com a nossa República e não há dúvida que os países escandinavos, a Holanda, a Bélgica e até a própria Espanha são muito mais desenvolvidos do que nós, até do ponto de vista democrático. Não sei muito bem o que se está a celebrar hoje, quando a verdade é que nós passamos de uma situação de desenvolvimento médio na Europa – em 1900 – para o último lugar na tabela de classificação do desenvolvimento na Europa, e ainda por cima à beira da falência .
De que forma é que a monarquia ajudaria a combater os males do país?
Se olhar para as monarquias contemporâneas da Europa, e fora da Europa, no Japão, por exemplo, verá que o rei e a rainha ajudam à estabilidade. Servem de elemento de ligação entre os políticos. O rei colabora com os governos e nunca está em conflito, ao contrário do que acontece na República, onde frequentemente governo e chefe de Estado estão em conflito. O rei é um árbitro isento. Não ponho em causa a isenção do nosso Presidente da República, só que como pertence a um partido político, muita gente tem dúvidas, tal como tinha dúvidas em relação à isenção do presidente Jorge Sampaio. O último presidente verdadeiramente isento que houve em Portugal foi o general Ramalho Eanes. A partir daí foram todos dirigentes partidários. Há duas maiorias opostas? Servem para quê? O presidente não está ali para governar, devia estar ali para representar todos os portugueses e dar uma imagem da cultura e da perenidade do país. Nesse aspecto o rei consegue mais facilmente desempenhar essas funções do que um presidente. Como disse o primeiro-ministro sueco, “nós somos uma república e o rei é o melhor defensor da nossa república”. Essa é hoje a atitude das monarquias socialistas do Norte da Europa.
Chegou a dizer que não se sente rei de Portugal, mas que se sente rei dos portugueses…
Na verdade, hoje em dia o chefe de Estado de Portugal é o Professor Cavaco Silva, mas há uma posição que se pode dizer espiritual, histórica e cultural, em que para muitos portugueses eu sou Rei. Não sei se é a maioria ou uma minoria, não sei quantos são.
Mas sente que tem essa responsabilidade?
Sinto. Por isso é que tenho dedicado a minha vida ao serviço de Portugal, descorando muito da minha vida privada e económica. Tenho trabalhado muito em prol da Lusofonia, acho que é uma das coisas de que o chefe de Estado português deveria ocupar-se. Deveria manter a coesão entre os países lusófonos, por nosso próprio interesse. Não sabemos como é que a União Europeia vai funcionar, e se as coisas não correrem muito bem sempre temos uma alternativa. Agora que estamos no clube dos ricos, não podemos desprezar os irmãos pobres. Por outro lado, o Brasil é um dos países com mais sucesso hoje em dia e se perdermos o balanço do Brasil a língua portuguesa vai perder importância.
Parece-lhe que os monárquicos são um grupo quase secreto?
Isso é verdade. Segundo as sondagens há cerca de 28 ou 29 por cento dos portugueses que dizem que um rei seria melhor do que um presidente. Esses são os que eu considero monárquicos. Agora, não quer dizer que queiram mudar o regime, ou que queiram uma mudança muito grande. Querem manter as coisas como estão, mas acham que estariam melhor com um rei.
Acha que seria a altura de fazer-se um referendo em Portugal sobre o regime político?
Neste momento é proibido pela Constituição.
Mas acha que isso devia ser alterado?
Sim. Porque isto é uma democracia imperfeita e limitativa que diz que os portugueses são incapazes de escolher o regime político. A Causa Real apresentou uma proposta há uns anos, aquando da última reforma da Constituição, que sugeria que o texto que diz que “é inalterável a forma republicana do governo”, passasse a dizer “é inalterável a forma democrática do governo”. Pessoas como o presidente Mário Soares ou o antigo ministro Almeida Santos, não se importavam nada de serem governados por uma monarquia democrática, porque o que lhes interessa é a democracia. A forma de chefia de Estado é secundária para eles. Essas pessoas são republicanas por uma questão teórica e cultural. Acham que a República simboliza mais completamente a democracia, visto que o cargo de chefe de Estado é sujeito a eleição. Só que já se percebeu que não é assim. Tem que se ser apoiado por partidos, tem que se ter muito dinheiro. É muito difícil um independente conseguir chegar a chefe de Estado. É possível, mas até agora nunca aconteceu.
O senhor não vota nas presidenciais.
Não, não voto.
Mas não chegou a ponderar candidatar-se à Presidência da República?
O presidente Ronald Reagan deu-me essa sugestão, só que todas as pessoas que eu consultei diziam-me que dificilmente isso seria tomado a sério porque era uma contradição entre aquilo que eu defendia e aquilo que iria fazer. Encontrei muito poucos apoios.
Também achou que era uma contradição ou estava na dúvida?
Eu estava na dúvida. No fundo era uma maneira de poder falar ao Pais e de ser ouvido. Mas como as opiniões contrárias no meu conselho eram muito maiores do que as favoráveis, decidi não avançar.
Sente-se tentado nas próximas eleições a votar em Fernando Nobre, muitas vezes associado aos ideais monárquicos?
O Fernando Nobre é meu amigo pessoal há muitos anos e colaboramos em várias missões. Na questão da chefia de Estado, ele diz o que qualquer pessoa inteligente sabe, que as repúblicas que têm reis são as melhores. Mas eu não voto nas presidenciais e não participo em nenhuma campanha. Gosto de todos os candidatos. O Manuel Alegre fez a apresentação da minha biografia, o professor Cavaco Silva tem sido amabilíssimo. Seria uma posição muito difícil para mim se tivesse que escolher.
Fonte: semanário Grande Porto

terça-feira, 16 de março de 2010

A liberdade do Rei … é também a nossa

A importância da chefia do Estado não tem sido assinalada. Nem sequer é por todos apreendida. A estabilidade política em que o país tem vivido torna menos nítido o papel que pode caber ao Chefe do Estado, sobretudo em casos de especial emergência.

O cenário governativo que o desenvolvimento da campanha eleitoral permite antecipar está longe de ser tranquilo. Teremos seguramente um parlamento fragmentado e incapaz de oferecer solidez a uma solução de governo. Estes são ingredientes suficientes para que o Chefe do Estado desempenhe um papel mais interventivo. Não afasto a hipótese de poderem (ou deverem) ser tomadas medidas de certo impacto e de eventual ruptura. Medidas de excepção que convocarão desconfianças de uns e protestos de outros. E, por certo, o clima de suspeita será potenciado pelas relações já não muito amistosas entre a presidência da república e certos meios governativos.

É neste ambiente de águas revoltas que melhor se percebe a vantagem que uma genuína independência apresenta face ao que me parece ser um mero reflexo formal dela. Por muito que ambicione a neutralidade, e a procure com afinco, o presidente da república é fruto do jogo partidário. Emerge dessas refregas e é esse o seu pecado original. Ainda que se empenhe em encontrar soluções imparciais, e mesmo que do ponto de vista objectivo elas sejam de facto imparciais, a marca da origem partidária lá está, como mácula que impede que as suas decisões sejam acatadas por todos sem quaisquer reservas mentais. Sempre haverá quem veja na decisão um frete aos amigos de sempre ou uma traição. Não é preciso esgotar o nosso capital de imaginação para prever situações de conflito. Pense-se, desde logo, no convite para formar governo.

Ora, o Rei, por não provir dos partidos, não terá necessidade de saciar as clientelas que à sombra deles descansam. É esta, sem dúvida, a mais evidente vantagem da Instituição Real face ao sistema republicano. É uma vantagem genética. De origem. De proveniência. O Rei faz do supra partidarismo muito mais do que a sua essência a sua razão de ser. E essa confortável posição, que nem sequer carece de demonstração, confere-lhe uma legitimidade incontroversa. Um trunfo agregador capaz de mobilizar a comunidade para aquilo que entende ser o bem comum. O Rei até pode errar. O erro não será monopólio dos republicanos. Contudo, nunca terá a tentação de favorecer uns em detrimento de outros. Nunca terá o censurável desejo de agradar, hoje, a quem permitirá que ele volte a ser o Chefe de Estado amanhã.

Antecipo, como já referi, tempos difíceis na ressaca dos resultados eleitorais. Tempos exigentes. Infelizmente, creio que o presidente da república não conseguirá obter a confiança que mais facilmente o Rei conquistaria. É que o presidente da república, numa altura em que até já se fala nas eleições presidenciais e em putativos candidatos, de uma maneira ou de outra, está refém dos partidos. O Rei, por seu turno, não. O Rei é livre. E, nessa medida, nós somos livres também.
Setembro de 2009
Nuno Pombo
(Real Associação de Lisboa)

Que Futuro terá a Nossa Democracia?


Por volta do ano 350 d.C. um genial Berbere do Norte de África, o futuro Santo Agostinho, escreveu um tratado de política que continua muito actual, "A Cidade de Deus"
Pergunta o autor: “qual a diferença entre um Governo e um bando de ladrões?“ Um bando de ladrões pode muito bem governar um país e contar com o apoio satisfeito da maioria da população a quem dá pão e circo, mas tem como objectivo o enriquecimento pessoal dos seus membros.
Um Governo, para o ser, deve ter como objectivos o progresso espiritual e material do Povo.
Não pode permitir a injustiça, mesmo que praticada contra minorias com o apoio da maioria...
Disse também que é dever de todos participar na construção da Cidade de Deus, o que significa que ninguém tem o direito de se alhear da vida pública.
Actualmente muitos dos portugueses mais capazes e bem formados, afastam-se da política porque preferem usar o seu tempo exclusivamente em trabalhos bem pagos.

O Dr. João Soares, teve a coragem de dizer que “Portugal não vive em democracia mas em partidocracia“. Para se ser eleito Deputado ou Presidente da República, não interessa ter a simpatia e a confiança dos eleitores, o que é necessário é ter o apoio das lideranças partidárias.
Os portugueses tratam a política como o futebol: acham que os seus responsáveis só querem ganhar campeonatos. E os eleitores apoiam um dos “clubes” ou outro não pela qualidade das suas propostas ou dos seus dirigentes, mas por simpatias ou tradição familiar, preferindo em geral ser “do clube que ganha“…

Esta ausência de uma verdadeira “cultura democrática“ de participação das gentes e responsabilização dos eleitos perante os eleitores leva a um aumento da abstenção e da indiferença. Enquanto houver paz e os salários em dia, a Democracia funcionará.
Mas virão momentos de crise e nessa altura será que as “instituições democráticas“ terão a autoridade suficiente para merecer a confiança de um Povo angustiado? Ou cairemos mais uma vez na tentação de querer um ditador “que nos governe“?

Estes são algumas das considerações que me levaram a aceitar participar nas actividades do recém-criado "Instituto para a Democracia", que junta personalidades de sectores políticos e culturais muito diferentes mas unidos na preocupação de que Portugal seja um país livre e independente, numa Europa unida pelos valores que decorrem das suas raízes culturais e espirituais gregas, judaicas e cristãs.
Temos uma missão importante a desempenhar na construção do nosso futuro colectivo.

S.A.R. Dom Duarte de Bragança

segunda-feira, 15 de março de 2010

Futurália - Março de 2010















Fotos: Juventude Monárquica de Lisboa no Facebook